Em novembro do ano passado, a ex-analista de TI da Sony PlayStation, Emma Majo, entrou com um processo contra a empresa, alegando discriminação de gênero e rescisão injusta após apontar o preconceito com mulheres na companhia. A Sony tentou acabar com o processo, afirmando que as alegações eram infundadas, mas agora, segundo o site Axios, mais oito mulheres, que já trabalharam ou ainda são funcionárias da divisão PlayStation da Sony, juntaram-se a Emma Majo e acusaram a empresa de ter um ambiente de trabalho discriminatório.
O testemunho dessas mulheres incluem casos de assédio sexual, falta de respeito, discriminação de gênero e até dificuldade de ativar uma investigação às queixas. Segundo o Polygon, alguns homens na PlayStation atribuem notas às mulheres de acordo com sua aparência. Várias delas dizem que foram abordadas de forma sexual por outros funcionários e até apalpadas. Outras mulheres mencionam que muitas colegas abandonaram a PlayStation devido às condições de trabalho.
Marie Harrington trabalhou durante 16 anos na Sony até deixar a empresa em 2019 por sexismo sistêmico. Ela afirma que poucas mulheres são consideradas para promoção em cargos sênior ou de gerência. As possíveis candidatas tem ainda a vida pessoal comentada pelos responsáveis pela seleção – algo que não ocorre entre os homens.
Seu relato diz ainda que ela teve que conviver com piadas e comentários sobre a aparência das colegas de trabalho ou sobre suas roupas, além de comportamentos inapropriados de homens – como, por exemplo, compartilhamento de conteúdos adultos durante o trabalho. Quando teve filhos, ela também não teve direito a uma sala privada para amamentação; teve que recorrer a um deposito com tranca quebrada. Outra mulher também afirmou que foi importunada ao amamentar sua criança.
A Sony ainda não se pronunciou sobre o caso.