Análise | Diablo II: Resurrected | Vale a pena?

Análise | Diablo II: Resurrected | Vale a pena?

O Clube do Video Game teve acesso antecipado à versão Beta de Diablo II: Resurrected para contar o que achamos do remaster deste clássico.

Importante: Se você já conhece Diablo II original, pule para a segunda parte do artigo.

Se você quer saber como acessar o beta aberto iniciado hoje (20 de Agosto), pule para o final do artigo.

Tela de abertura de Diablo II: Resurrected
Tela de abertura de Diablo II: Resurrected

Qual a proposta do jogo?

Seguindo a linha de seu antecessor, Diablo II é um jogo de ação com batalhas em tempo real e visão isométrica. Seu principal diferencial é incorporar e aperfeiçoar características do subgênero roguelike: jogos com cenários gerados de forma procedural, de modo que novas partidas permitem mapas distintos, grupos de inimigos reposicionados e drop de itens aleatórios.

Assim, o interessante sobre o jogo é sua dinâmica que, através de sete classes de personagens, cada uma com habilidades únicas e equipamentos exclusivos, faz com que o jogo tenha uma experiência única e particular para quem joga.

Classes de personagens em Diablo 2: Resurrected.
Amazona, Assassina, Necromante, Bárbaro, Paladino, Maga e Druida, respectivamente.

Hoje em dia pode até parecer trivial o foco em pilhagem nos jogos deste tipo. Contudo, Diablo II foi o principal jogo a explorar tais mecânicas de forma tão refinada.

A ideia de matar monstrinhos para pegar armas e matar monstrões para pegar armas ainda mais poderosas pode parecer entediante, mas, somada à atmosfera sombria da franquia que trouxe o antagonista-mor aos vídeo games, ela é incrivelmente satisfatória.

Inventário para gestão de equipamentos em Diablo II: Resurrected
Inventário para gestão de equipamentos em Diablo II: Resurrected

Mecânicas duras, e tudo bem

É importante ressaltar que Diablo II, lançado no ano 2000, é um jogo de seu tempo. Dessa forma, algumas mecânicas de combate podem não ter envelhecido tão bem quando comparamos com jogos inspirados nele; como Grim Dawn, Path of Exiles, Victor Vran e até mesmo seu sucessor, Diablo III.

Em suma, as hitboxes não são tão precisas, a coleta de itens pode ser frustrante e a locomoção pelos labirintos das masmorras requer uma precisão demasiada, mas tudo bem.

Logo, quando assumimos tal “defeito” e dizemos “tudo bem”, é porque ele não afeta na essência daquilo que Diablo se trata. Dessa forma, é completamente compreensível que este jogo apareça como um remaster e não como um remake.

Assim, assegura-se o valor nostálgico da obra ao mesmo tempo que a torna mais acessível e vislumbrante: estes são os principais adjetivos que definem Diablo II: Resurrected.

Principais mudanças no remaster

Principais mudanças no remaster de Diablo II.

Com a jogabilidade clássica mantida, visuais refeitos e todo conteúdo do jogo original e sua expansão incluso, outras características que valem a pena destacar em Diablo II: Resurrected são:

  • Localização para PT/BR com dublagem impecável.
  • Suporte total com joysticks
  • Mais espaço para itens no baú
  • Compartilhamento fácil de itens entre personagens da mesma conta
  • Cooperativo de até 8 jogadores e 8 mercenários simultâneos
  • Cutscenes cinemáticas refeitas com visuais belíssimos
  • Suporte pra som surround 7.1
  • 4K e 60 fps nativo

Cena da cutscene do Ato II em Diablo II: Resurrected
Cutscene do Ato II em Diablo II: Resurrected

Além das mudanças, alguns recursos inalterados que podem ser uma pedra no sapato de quem esperava melhorias são:

  • A barra de stamina para corrida continua lá
  • Poções precisam ser constantemente designadas de forma manual
  • Além das chaves e pergaminhos, outros consumíveis não se empilham
  • Não houve balanceamento de habilidades e determinadas builds são frustrantemente inviáveis

Como o jogo ainda está em fase beta que deve durar até seu lançamento dia 23 de Setembro de 2021, muito poderá ser alterado da versão que testamos.

Gameplay de Druida com build de Summoner em Diablo II: Resurrection
Gameplay de Druida com build de Summoner

*sobre o balanceamento de habilidades, as únicas que testei foram das classes Druida, Maga e Bárbaro, com requisito de level até 18.

Os prós e contras listados acima seriam suficiente para afirmar, categoricamente, que vale a pena jogar ou rejogar Diablo II através deste remaster.

Se você ainda está com a pulga atrás da orelha para desembolsar algo entre R$179,90 (PC) e R$199,00 (PS e Xbox) em um remaster de um jogo da virada do século XX, aproveite que terá uma canjinha.

Você também terá a chance de testar!

Neste dia 20 de Agosto, às 14 horas, todos os jogadores poderão experimentar o Beta de Diablo II: Resurrected. Basta fazer o download do jogo para PC, Xbox ou PlayStation durante o fim de semana. Também será possível testar a progressão multiplataforma.

Apenas os dois primeiros atos estarão disponíveis mas sem limite de níveis, assim é possível testar todas habilidades de cinco dos sete personagens – Assassina e Necromante permanecem inacessíveis na versão Beta.

Para maiores informações, acesso ao Beta e para já garantir o jogo em pré-venda, acesse a página oficial do game aqui.

O Clube do Video Game agradece a assessoria da Theogames que, gentilmente, nos cedeu o código de acesso ao Beta para esta breve avaliação.

Fabits
Fabits

Estou aqui para trazer notícias, curiosidades, rumores, matérias interessantes e desinteressantes. Eventuais opiniões expressadas acima são minhas e não necessariamente representam ideais do Clube do Vídeo Game.