10 jogos de Shigeru Miyamoto sem contar Mario e Zelda

10 jogos de Shigeru Miyamoto sem contar Mario e Zelda

Quando se fala em Shigeru Miyamoto, qual o primeiro game que vem a cabeça? Sem dúvidas, o Super Mario Bros, uma das séries mais importantes do mundo dos games, e também The Legend of Zelda, que ocupa um cargo semelhante. No entanto, ele tem vários outros títulos em seu currículo e, pensando nisso, decidimos selecionar 10 jogos feitos por Shigeru Miyamoto não tão conhecidos quanto Mario e Zelda.

1  – F-Zero: Mostrando as capacidades do Super Nintendo

Clássico do Super Nintendo que acabou gerando uma série, o F-Zero foi produzido por Shigeru Miyamoto, que também supervisionou a equipe de desenvolvimento. O objetivo era mostrar as capacidades do Super Nintendo, em especial com a tecnologia Mode 7, que simulava efeitos de profundidade bem avançados para a época.

Shigeru Miyamoto também é amigo próximo do designer de pistas, Isshin Shimizu, e ambos trabalharam juntos para que a jogabilidade fosse fluida e emocionante. Além disso, o pai de Mario e Zelda também deu sua contribuição com ideias dos personagens e designs das naves.

2 – Pilotwings: Mostrando a versatilidade do pai de Mario e Zelda

10 jogos de Shigeru Miyamoto sem contar Mario e Zelda

Outro game do Super Nintendo que apostou na tecnologia Mode 7, o Pilotwings também foi produzido por Shigeru Miyamoto, e mais uma vez o objetivo era que o game proporcionasse uma experiência única e envolvente, utilizando ao máximo as capacidades técnicas do Super Nintendo, mas focando também na jogabilidade.

Para quem não sabe, o Pilotwings é um jogo de simulação de voo cujo objetivo é completar vários desafios para ganhar licenças de piloto. Cada missão oferece diferentes veículos e tarefas.

Sendo mais um sucesso comercial e crítico, o Pilotwings ganhou algumas sequências em jogos futuros, e é um dos vários títulos que colocam o nome do pai de Mario e Zelda como “gênio dos games”.

3 -Nintendogs: Pets na tela do seu portátil

Lançado em 2005 para o Nintendo DS, o game é exatamente o que você espera pelo título: um simulador de pets, onde o jogador deve adotar, cuidar e interagir com outros cachorros em um ambiente virtual.

Outro grande sucesso do pai de Mario e Zelda, o “guru” da Nintendo quem teve a ideia original de como seria o título, e também atuou em diversos cargos, trabalhando bem perto da equipe para garantir que cada aspecto do jogo fosse polido e que a experiência fosse simples e divertida. Já a ideia veio de sua paixão por cachorros.

O Nintend0gs vendeu um número impressionante de 23 milhões de cópias, se tornando um dos mais vendidos do Nintendo DS.

4 – Doshin the Giant: Até o pai de Mario e Zelda tem games não tão populares

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Reprodução

Uma das poucas “manchas” no currículo de Shigeru Miyamoto, o Doshin the Giant é um jogo de simulação lançado em 1999 para o periférico 64DD do Nintendo 64. O objetivo é colocar os jogadores para moldarem o mundo ao seu redor com personagens gigantes.

Desenvolvido por um estúdio chamado “Param“, o pai de Mario e Zelda atuou como produtor executivo e consultor criativo, dando sugestões de como o projeto deveria ser. Mesmo não sendo uma ideia dele, ele viu potencial na ideia e acreditou que Doshin the Giant seria um grande jogo.

Na época de seu lançamento rendeu bastante sucesso comercial, e seu lançamento na Europa também “não fez feio”. Por outro lado, a mídia da época deu notas entre 6 e 7, argumentando que o conceito era interessante, mas que no médio prazo se tornava tedioso.

5 – Excitebike: Clássico dos 8 bits

Os jogadores “das antigas” provavelmente conhecem esse game, enquanto os mais novos nunca devem ter ouvido falar. Excitebike foi lançado em 1984, em uma época que Shigeru Miyamoto já estava começando a chamar a atenção por sua genialidade e criatividade em desenvolver jogos divertidos.

Dirigido e idealizado pelo próprio pai de Mario e Zelda, a ideia era desenvolver um game com corridas de modo que tivesse progressão lateral e que transmitisse sensação de velocidade. A ideia deu tão certo, que as estruturas desse game foram reutilizados no primeiro Super Mario Bros lançado no ano seguinte.

Para os padrões de hoje é bastante datado e simplório demais, mas para a época foi considerado “único e viciante“.

6 – Star Fox: O jogo em 3D no bom e velho Super Nintendo

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Reprodução

Outro clássico do Super Nintendo que também rendeu uma série, o Star Fox foi produzido pelo Shigeru Miyamoto, que também atuou como designer.

Os personagens como animais antropomórficos também foram ideias do próprio pai de Mario e Zelda, e, portanto, ele quem foi o responsável por imaginar o Fox McCloud, Falso Lombardi, Peppy Hare e Slippy Toad, que tinham personalidades bem distintas e isso também se refletia na aparência deles.

O Star Fox foi pioneiro em usar gráficos tridimensionais rudimentares no bom e velho Super Nintendo graças ao chip Super FX.  Vendeu mais de 4 milhões de cópias e na época foi aclamado como um dos melhores jogos de todos os tempos.

7 – Wave Race 64: O pai de Mario e Zelda criou um clássico de Jet Skis

Sequência de um jogo lançado para o Gameboy, o Wave Race 64 foi um dos primeiros games idealizados para o Nintendo 64.

Produzido por Shigeru Miyamoto, o objetivo era fazer um “F-Zero na água”, e originalmente usaria botes que se transformariam em outros veículos, só que o pai de Mario e Zelda acabou mudando de ideia por querer que o game tivesse uma experiência única quando comparado a outros games, e por isso substituiu por Jet Skis, mostrando também o realismo da água.

Outro grande sucesso de público e crítica, o Wave Race 64 foi elogiado pelas animações fluidas, físicas realistas, transparência da água e visuais avançados para a época. A jogabilidade simples e intuitiva também foi valorizada, proporcionando uma experiência divertida para qualquer jogador, apesar de alguns setores apontarem que há uma “curva de aprendizado”.

8 – The Mysterious Murasame Castle: O game que ficou restrito ao Japão

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Lançado em  1986 no Japão para o Famicom Disk System, o periférico do Nintendinho 8 bits, o The Mysterious Murasame Castle só veio chegar oficialmente “por essas bandas” em 2014 através de uma distribuição digital do Nintendo 3DS.

Este é o segundo jogo do periférico após o primeiro The Legend of Zelda, e acaba sendo um “meio-termo” entre o gameplay por fases de Mario, mas com a “visão aérea” de Zelda. Com design de fases não linear, os jogadores podem explorar as áreas do castelo em qualquer ordem que desejar, aumentando também o fator replay, já que as áreas também tem diferentes rotas.

Apesar de ser muito bem recebido em sua terra natal, especula-se que ele não foi lançado no ocidente durante os anos de 1980 por ser “japonês demais”. No entanto, é mais um clássico do pai de Mario e Zelda que nem todo mundo conhece.

9 – Radar Scope: Um dos primeiros projetos do pai de Mario e Zelda

Voltando ainda mais no tempo, o Radar Scope foi lançado para Arcades no final do ano de 1980, e é considerado um dos primeiros (talvez o primeiro) projeto de Shigeru Miyamoto. Este quis pegar “carona” no sucesso de Space Invaders e Galaxian, mas desta vez oferecendo uma perspectiva 3D.

Apesar do conceito interessante para a época, as máquinas de Radar Scope não renderam sucesso comercial e chegou a criar uma crise financeira para a Nintendo dos Estados Unidos. O presidente dela, o asiático Minoru Arakawa, conversou com o presidente da Nintendo do Japão, Hiroshi Yamauchi, pedindo que desenvolvessem rapidamente um outro game que poderia tirá-los “do buraco”.

Atendendo ao seu pedido, Yamauchi solicitou um novo jogo para o Shigeru Miyamoto que renderia sucesso no mundo inteiro. Originalmente, o  objetivo era criar um game do Popeye para aproveitar a popularidade do “comedor de espinafres”, mas a Nintendo não conseguiu a licença do personagem, então Miyamoto substituiu por personagens originais. O Brutus virou o vilão Donkey Kong, a Olívia Palito virou a princesa Pauline, e o Popeye virou o Jumpman, nada menos que o nome protótipo do Mario Bros.

10 – Pikmin: Inspiração em formigas

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Pikmin foi idealizado pelo pai de Mario e Zelda quando este observava formigas carregando objetos em seu jardim, inspirando a mecânica central do jogo onde os jogadores comandam hordas de Pikmin para realizar diversos objetivos.

Neste, há uma mistura de estratégia em tempo real e gerenciamento de recursos, e os jogadores precisam explorar o ambiente do planeta e recrutar Pikmin para ajudá-los em suas missões. Cada um deles possui habilidades em categorias, como força ou a habilidade de voar. Outro grande sucesso do “guru” da Nintendo, rendeu uma série e, até hoje, há novos games sendo lançados.

Victor Miller
Victor Miller

Jornalista, Victor Miller ganhou popularidade na internet por ser o dono do Planeta Sonic, um dos maiores canais do YouTube no Brasil sobre o mascote da SEGA. Trabalha há mais de dez anos escrevendo sobre games para diversos canais importantes do país.