Assexualidade ou espectro assexual é a falta total, parcial ou condicional de atração sexual a qualquer pessoa e arromanticidade é a orientação romântica na qual as pessoas sentem pouca ou nenhuma atração romântica por outro indivíduo. Muitas vezes, essa comunidade é mal abordada dentro da mídia e ainda temos um longo caminho a percorrer para que ela seja tratada de forma respeitosa. Entretanto, alguns jogos buscam trazer personagens assexuais e/ou arromanticos para suas narrativas. Confira, abaixo, alguns deles:
Ace in Space
Em Ace in Space, como o nome já sugere, temos um protagonista assexual. Adrian Clarke, também conhecido como Enby, é ace e também, não-binário. Ele se torna encarregado de moldar a sociedade em um planeta distante conhecido como T-3R4 e de manter um blog para atualizar as pessoas sobre seu progresso.
O jogador pode optar por namorar uma das cinco opções de romance – quatro robôs e um humano – ou também pode escolher não se relacionar romanticamente com ninguém. Cada decisão pode levar a finais completamente diferentes para Enby.
Enby também recebe o diagnóstico de câncer e a doença vai desempenhar um grande papel na história.
O site do jogo conta com uma lista de avisos de gatilho para quem tem interesse em jogar.
The Outer Worlds
Em The Outer Worlds, temos Parvati Holcomb, uma engenheira que pode acompanhar o jogador em sua busca. A personagem fala abertamente sobre sua assexualidade no jogo e até descreve como, no passado, foi humilhada e ridicularizada por conta de sua orientação sexual e afirma ter medo de confessar seus sentimentos românticos a outro personagem. O protagonista pode ajudá-la a superar seus medo e a apoiar.
Boyfriend Dungeon
Em Boyfriend Dungeon, o jogador pode desenvolver relacionamento com personagens sem ter que ser obrigatoriamente algo romântico ou sexual, podendo experimentar o jogo completo dessa forma também. Boyfriend Dungeon tem se mostrado um jogo bastante inclusivo, com vários personagens LGBTQIAP+ em sua trama.
A Year of Springs
A Year of Springs entrelaça as histórias de Haru, Erika e Manami. Cada uma vai lidando com sua sexualidade e identidade de gênero de uma forma. Haru, por exemplo, é trans, e Erika sente atração por mulheres. Já Minami está tentando chegar em um acordo com sua assexualidade e entender como isso afeta suas amizades e seu relacionamento com o namorado. Além de uma excelente representatividade, o jogo tem ainda uma bela arte e uma trilha sonora muito boa.
Representatividade LGBTQIAP+ aparecendo mais nos jogos
As pautas sociais estão cada vez mais ganhando espaço no mundo e, aos poucos, a indústria dos games vem percebendo a importância de trazer personagens de diferentes orientações sexuais e identidades de gênero para suas histórias.
The Last of US é um dos mais famosos jogos com personagens LGBTQIA+. A integrante da comunidade é Ellie, que roubou a cena em The Last of Us e cresceu tanto, que, na segunda parte, virou protagonista. Ela é lésbica e teve toda uma trajetória para se assumir. Sua sexualidade é uma forma de mostrar mais camadas e emoções da personagem.
Ellie engata um namoro com Dina, uma mulher bissexual, e ambas chegam a enfrentar momentos de preconceito como quando, em um determinado momento no jogo, sofrem represália por terem se beijado. Esse tipo de cena pode causar bastante identificação para a comunidade LGBTQIAP+.
A franquia Life is Strange é um show de representatividade. Entre os personagens, temos Chloe Price, uma garota lésbica. Ao longo da história, podemos ver que várias de suas características (como a depressão e insegurança) se relacionam com sua sexualidade e o preconceito. No primeiro Life is Strange, a protagonista Max pode beijá-la dependendo da escolha do jogador.
Já no terceiro game da franquia, Life is Strange: True Colors, a protagonista Alex Chen pode se envolver com um homem ou com uma mulher; quem decide é o jogador.