4 jogos com representatividade assexual e arromântica

4 jogos com representatividade assexual e arromântica

Assexualidade ou espectro assexual é a falta total, parcial ou condicional de atração sexual a qualquer pessoa e arromanticidade é a orientação romântica na qual as pessoas sentem pouca ou nenhuma atração romântica por outro indivíduo. Muitas vezes, essa comunidade é mal abordada dentro da mídia e ainda temos um longo caminho a percorrer para que ela seja tratada de forma respeitosa. Entretanto, alguns jogos buscam trazer personagens assexuais e/ou arromanticos para suas narrativas. Confira, abaixo, alguns deles:

Ace in Space

Os melhores jogos com representação assexual

 

Em Ace in Space, como o nome já sugere, temos um protagonista assexual. Adrian Clarke, também conhecido como Enby, é ace e também, não-binário. Ele se torna encarregado de moldar a sociedade em um planeta distante conhecido como T-3R4 e de manter um blog para atualizar as pessoas sobre seu progresso.

O jogador pode optar por namorar uma das cinco opções de romance – quatro robôs e um humano – ou também pode escolher não se relacionar romanticamente com ninguém. Cada decisão pode levar a finais completamente diferentes para Enby.

Enby também recebe o diagnóstico de câncer e a doença vai desempenhar um grande papel na história.

O site do jogo conta com uma lista de avisos de gatilho para quem tem interesse em jogar.

The Outer Worlds

4 jogos com representatividade assexual e arromântica

Em The Outer Worlds, temos Parvati Holcomb, uma engenheira que pode acompanhar o jogador em sua busca. A personagem fala abertamente sobre sua assexualidade no jogo e até descreve como, no passado, foi humilhada e ridicularizada por conta de sua orientação sexual e afirma ter medo de confessar seus sentimentos românticos a outro personagem. O protagonista pode ajudá-la a superar seus medo e a apoiar.

Boyfriend Dungeon

Boyfriend Dungeon - Os melhores jogos com representação assexual

Em Boyfriend Dungeon, o jogador pode desenvolver relacionamento com personagens sem ter que ser obrigatoriamente algo romântico ou sexual, podendo experimentar o jogo completo dessa forma também. Boyfriend Dungeon tem se mostrado um jogo bastante inclusivo, com vários personagens LGBTQIAP+ em sua trama.

A Year of Springs

4 jogos com representatividade assexual e arromântica

A Year of Springs entrelaça as histórias de Haru, Erika e Manami. Cada uma vai lidando com sua sexualidade e identidade de gênero de uma forma. Haru, por exemplo, é trans, e Erika sente atração por mulheres. Já Minami está tentando chegar em um acordo com sua assexualidade e entender como isso afeta suas amizades e seu relacionamento com o namorado. Além de uma excelente representatividade, o jogo tem ainda uma bela arte e uma trilha sonora muito boa.

Representatividade LGBTQIAP+ aparecendo mais nos jogos

As pautas sociais estão cada vez mais ganhando espaço no mundo e, aos poucos, a indústria dos games vem percebendo a importância de trazer personagens de diferentes orientações sexuais e identidades de gênero para suas histórias.

The Last of US é um dos mais famosos jogos com personagens LGBTQIA+. A integrante da comunidade é Ellie, que roubou a cena em The Last of Us e cresceu tanto, que, na segunda parte, virou protagonista. Ela é lésbica e teve toda uma trajetória para se assumir. Sua sexualidade é uma forma de mostrar mais camadas e emoções da personagem.

Ellie engata um namoro com Dina, uma mulher bissexual, e ambas chegam a enfrentar momentos de preconceito como quando, em um determinado momento no jogo, sofrem represália por terem se beijado. Esse tipo de cena pode causar bastante identificação para a comunidade LGBTQIAP+.

A franquia Life is Strange é um show de representatividade. Entre os personagens, temos Chloe Price, uma garota lésbica. Ao longo da história, podemos ver que várias de suas características (como a depressão e insegurança) se relacionam com sua sexualidade e o preconceito. No primeiro Life is Strange, a protagonista Max pode beijá-la dependendo da escolha do jogador.

Já no terceiro game da franquia, Life is Strange: True Colors, a protagonista Alex Chen pode se envolver com um homem ou com uma mulher; quem decide é o jogador.

 

Letícia Höfke
Letícia Höfke

Sou jornalista, escritora e completamente apaixonada por tudo que envolve o universo geek. Twitter e Instagram: @leticiahofke