As maiores polêmicas de games e esports de 2022 (parte 2)

As maiores polêmicas de games e esports de 2022 (parte 2)

4Lan condenado por assédio sexual

Treta no eSports: confira algumas polêmicas de pro players

Em 2019, Anderson “4Lan”, ex-jogador profissional de League of Legends e streamer, foi acusado de importunação sexual. Em uma festa ocorrida na casa de Felipe “brTT” e Giuliana “Caju”, em São Paulo, ele teria passado a mãos nas nádegas de Giovana Tezoni, namorada do streamer Rafael “Rakin”. Ele foi condenado a 1 ano de prisão em regime aberto, substituída por prestação de serviços a comunidade.

O ex-atleta nega todas as acusações. Em seu Twitter, ele afirmou que nenhuma prova foi realmente apresentada e que as testemunhas de defesa, que trabalham ativamente no cenário de LoL, não queria se comprometer.

Guigo e comentários racistas

As maiores polêmicas de games e esports de 2022 (parte 2)

Em agosto, um usuário anônimo do Twitter publicou uma coletânea de momentos em que Guigo, top da RED Canids, profere ofensas racistas em um grupo de conversa.

No vídeo em questão, podemos ver que o jogador faz diversos comentários racistas e, apesar de pedir para que um dos membros do chat “pare de spam”, não menciona nada sobre o cunho discriminatório das mensagens enviadas.

Depois disso, um outro perfil também chegou a publicar mais imagens de mensagens que teriam sido enviadas por Guigo que também contém injúria racial.

Em nota, Guigo assumiu a autoria das mensagens. Ele afirmou que cometeu o crime quando tinha entre 14 e 15 anos.

Veja a nota do jogador na íntegra:

“Oi pessoal. Surgiram alguns prints e preciso falar com vcs sobre eles. Primeiro e mais importante de tudo, casos de racismo são seríssimos e preciso tratar isso dessa forma. As conversas divulgadas fazem parte de um grupo de facebook messenger que eu fazia parte, mais ou menos em 2017. Nessa época, com 14/15 anos, antes de entrar pra RED, eu não entendia o peso das minhas atitudes.

Com o tempo aprendi a importância que cada palavra e atitude têm para todos ao meu redor, e mudei meu comportamento de acordo. Isso não muda o fato de que minhas atitudes foram erradas e têm seu peso, por mais que eu tenha aprendido e mudado.

Peço desculpas pelas minhas atitudes do passado, mesmo sabendo que apenas desculpas não são suficientes para reparar o que aconteceu. Podem ter certeza que aprendi e mudei. Aprendi sobre como certas falas reproduzem formas de racismo. Sobre como algumas atitudes expõem o racismo estrutural que às vezes nem nos damos conta em que vivemos. Sobre como precisamos agir para enfrentar o racismo presente em nossas instituições sociais, o tempo todo. Espero que todos entendam a seriedade disso e possam aprender com os meus erros do passado”.

Luva de Pedreiro e empresário

Tudo bem que Luva de Pedreiro não vem dos esports, mas ele tem um canal na Twitch para jogar Free Fire. Portanto, vamos incluí-lo nessa lista.

Em junho, Iran Ferreira (o Luva de Pedreiro) fez um desabafo e anunciou uma pausa nas redes sociais.

“Graças a Deus, pai. Estou pelos meus seguidores. O que meus seguidores falarem comigo aí… Tá ligado? Eu não bebo não, parceiro. Estou são. Tá ligado? Mas eu quero desabafar nessa p… Estou de saco cheio, já”, disse o influenciador. “Um abração para vocês aí. Nesses dias aí eu não posto vídeo não. Vou ficar uns tempos aí… Tá ligado? Sem postar vídeo. Eu vou esfriar a cabeça, pô! Ficam enchendo o saco do cara. Pô. Seguir essa p… é sozinho. Deus e meus fãs, mano. Fod… o resto é o resto”.

A partir daí, polêmicas com o nome de seu empresário viera à tona. Os fãs notaram que todas as menções ao empresário Allan de Jesus no Instagram do influencer foram removidas, o que levou a ASJ Consultoria a se manifestar de que não havia sido informada sobre qualquer tentativa de rescisão entre as partes.

A história ganhou mais força quando o colunista Leo Dias afirmou que Luva de Pedreiro tem apenas R$ 7.500 em sua conta bancária. O influenciador já havia assinado com inúmeras marcas esportivas e até mesmo a Amazon Prime Video (o que lhe rendeu R$ 1 milhão) , ou seja, ele não estaria recebendo sua parte em dinheiro nos contratos milionários. Seu faturamento estaria sob controle do empresário.

“Se for provado que eu surrupiei 1 Real do Iran, que eu arque com todas as consequências e pague por esses atos. Uma vez que estou pautado na verdade, tenho um nome a zelar e trabalho nesse meio há muitos anos com clientes e parceiros . Também tenho família, sou pai de família e sou filho. Entrego para a Justiça divina e dos homens, para que tudo se resolva da melhor maneira possível.  Quero deixar claro que quando a auditoria ficar pronta, eu vou provar por todos os meios as regularidades dos meus atos, as minhas contas e a minha dignidade”, disse o empresário em pronunciamento.

LOUD demite jogador após quatro horas por causa de racismo

Em junho, a LOUD anunciou a contratação de José Eduardo “Frosty” como suporte para o time academy, mas, na mesma noite, poucas horas depois do anúncio, a organização recuou o demitiu.  Em 2020, o jogador chamou de macaco, o topo Francisco “fnb” – atualmente na FURIA – em uma partida ranqueada.  A ofensa racista voltou à tona nas redes sociais, o que fez a LOUD voltar atrás em seu contrato.

Frosty emitiu um comunicado, afirmando que, desde a ofensa, desculpou-se inúmeras vezes com fnb e contou que está há muito tempo lutando por espaço no cenário competitivo. Ele disse ainda que a LOUD estava ciente da situação e “não mediram esforços para impedir que qualquer ataque viesse à tona”.

Em 2020, quando o caso aconteceu, fNb fez uma publicação em seu perfil no Twitter mostrando a seus seguidores, que havia sido chamado de macaco por um jogador cujo nick era “consensualclown”. Posteriormente, fNb revelou ter descoberto que o jogador em questão era Frosty – que na época, tinha outro nick.

Leticia
Leticia

Sou escritora, jornalista e completamente apaixonada por tudo que envolve cultura pop. Instagram e twitter: @leticiahofke