Raphael, Leonardo, Donatello e Michelangelo. Provavelmente você já ouviu falar nesse grupo. Criado em 1984 por Kevin Eastman e Peter Laird, “Teenage Mutant Ninja Turtles” narrava a história das carismáticas quatro tartarugas antropomórficas, treinadas na arte do ninjutsu. Seus nomes remetem a artistas italianos da época do Renascimento e, emergindo dos esgostos da cidade de Nova Iorque, lutam contra criminosos e ameaças alienígenas.
Desde sua criação, as Tartarugas Ninja (como ficaram conhecidas no Brasil) estrelaram vários jogos de vídeo game, entre eles o clássico beat'em up, baseado especialmente no desenho animado de 1987/1997, em que os protagonistas se aventuravam ao lado da sua musa, a repórter April O'Neal.
A esperta ruiva que veste um marcante traje amarelo foi a escolha perfeita para ser a Musa Ciberbiocibernética, no clipe homônimo produzido pela Criabits/16bits da Depressão, da Estragonoff.
A banda gaúcha com influências de rock, ska, punk e hardcore – como as nacionais Dead Fish e CPM22 e internacionais Blink 182, Green Day, Offspring e Bad Religion – também possui quatro integrantes:
Giordano, o vocalista, Murillo, o guitarrista, Henrique, o baixista, e Rafael, o baterista. Todos transportados ao universo dos jogos 16 bits (Matheus, o ex baixista também faz uma aparição) e transformados nas tartarugas mutantes pela musa April, no clipe da música, que faz parte do seu primeiro álbum, Plano B.
Fundada em 2003 em Porto Alegre, Rafael explica que a Estragonoff tem uma proposta divertida: “Eu defino a banda hoje como sendo um grupo de pop punk que tem letras inteligentes, com assuntos sérios ou não, e que tenta fazer nos shows uma apresentação animada”.
O gosto por vídeo game também faz parte da história deles. “A gente ama videogame, isso é um ponto comum entre os integrantes” afirma o baterista, revelando ser um jogador das antigas.
“Eu e o Giordano vivemos a época áurea do fliperamas, dentre eles o jogo das Tartarugas Ninja.”
Sobre ter um estilo de games favorito, há uma diferença como a personalidade de seus quatro alter-egos no vídeo:
“Nós não temos um gênero em comum, por exemplo o Giordano gosta mais desses jogos 16 bits e futebol, o Murillo mais de lutas, eu gosto mais de RPGs”.
A escolha dos personagens e da Musa Ciberbiocibernética não foi um mero acaso, afinal são quatro pessoas diferentes compondo um grupo: “Eu particularmente gosto muito das tartarugas, via o desenho, jogava os games, lembro até de ter um prendedor de cadarço do Rafael (das tartarugas claro)” comenta o baterista. O clipe também traz vários elementos e outros personagens conhecidos pelos gamers, como o Mario e o Blanka, que representa o Brasil.
“A música (Musa Ciberbiocibernética) tem a ideia de falar de uma mulher atual, uma musa dos dias de hoje, com suas ideias e características próprias. É uma música de amor, mas com um toque de ironia. A música fala de um jeito diferente dessa musa, mas como algo que acabamos gostando, por ser parte do que ela é. A letra dá indícios de como é o físico dessa musa… Mas os outros trechos podem ser pensados para muitas mulheres dos tempos contemporâneos” palavras do Giordano, o vocalista.
Confira o videoclipe na íntegra abaixo.
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*Esta matéria foi escrita pela talentosíssima Agatha Müller Zima.