Curiosidades sobre Silent Hill

Curiosidades sobre Silent Hill

Nesse texto, vou falar sobre um jogo que é considerado um dos mais importantes no gênero de survival horror. Lançado em 1999 para o Playstation, Silent Hill é um clássico do horror e marcou o mundo dos games com seus cenários arrepiantes, criaturas aterrorizantes e muito, muito terror psicológico.  

Desenvolvido pela Team Silent, o jogo, que já tem mais de duas décadas de história, foi um sucesso comercial e gerou uma franquia imensa, com inúmeros títulos. 

E pensar que tudo começou com um grupo de desenvolvedores que eram meio que um monte de “zé-ninguém” dentro da Konami… Nem imaginavam que aquele jogo, que nem mesmo eles próprios colocavam fé, se tornaria o sucesso que é hoje.

Grupo de funcionários “menos brilhantes”

O desenvolvimento de Silent Hill começou em 1996 com a criação da Team Silent. Originalmente, essa equipe era formada por membros do estúdio considerados “menos brilhantes”, pois eles trabalharam em projetos que haviam fracassado e estavam prestes a deixar a empresa antes do sucesso de Silent Hill. 

Konami queria atrair o público americano com produções “hollywoodianas”, mas a Team Silent resistiu

Sob uma nova direção, a Konami estava querendo atrair mais consumidores ocidentais, principalmente os americanos. Dessa forma, os novos diretores acreditavam que seus desenvolvedores deveriam adicionar uma inclinação mais voltada para Hollywood nos jogos. Porém, sem saber como prosseguir diante daquela ordem, a Team Silent resolveu parar de seguir as recomendações da empresa. Afinal, ninguém, nem mesmo os próprios desenvolvedores, estava botando fé no jogo que eles estavam fazendo, e eles não tinham nada a perder. Então, a Team Silent resolveu fazer um jogo de horror 3D.

Apenas um homem sabia usar as técnicas 3D

O problema é que a equipe não tinha muito conhecimento de como fazer jogos em 3D até que Takatoshi Sato apareceu. Ele sabia muito bem trabalhar com as técnicas 3D. Totalmente sozinho, ele passou a fazer a modelagem dos personagens e as cenas em computação gráfica. Takatoshi praticamente morou no escritório do time de desenvolvimento e dormir embaixo da mesa; tudo porque ele tinha que fazer a renderização das cenas nos computadores de seus colegas de trabalho após o expediente.

Deu um rolo entre ele e a Konami, porque a empresa não queria colocar o nome dele nos créditos. Aí, em represália, o desenvolvedor ameaçou esconder suas técnicas das outras equipes. Diante de tamanha ameaça, a Konami acabou se rendendo.

Neblina foi uma espécie gambiarra

Pouca gente sabe, mas a neblina, característica mais marcante do jogo, foi adicionada porque o mundo semi-aberto de Silent Hill tinha cenários de textura fraca, em branco ou mal renderizados – por causa das limitações visuais da época e das reduções gráficas. A névoa serviu para encobrir os defeitos. Com ela, os jogadores não conseguiam vê-los.

A neblina acabou virando um marco na franquia e apareceu em outros jogos, mesmo não servindo mais para disfarçar defeitos.

Música industrial ou bug?

Akira Yamaoka entrou no time de desenvolvimento depois da saída do músico original, ficando no comando de tarefas como a criação de músicas, efeitos especiais e masterização de áudio.

Para Silent Hill, de modo a diferenciá-lo de outros games já existentes, ele optou por fazer música industrial. Quando a apresentou para outros membros da equipe, todos acharam que os barulhos da música não passavam de um bug. Ele se viu obrigado a explicar sua ideia e os motivos para ter escolhido esse estilo para que o time aceitasse.

Design dos montros

Em Silent Hill, hás criaturas horripilantes que estão sempre tentando matar o protagonista e  demonstram toda a base psicológica que essa série de jogos tem. Esses monstros foram criados pelo ilustrador Masahiro Ito, que foi responsável design deles até o terceiro jogo. 

Por fim, Konami levou a sério

Mesmo com os desenvolvedores trabalhando duro, a Konami ainda não acreditava no projeto. Porém, a reação do público à revelação do game na E3 de 1998 fez com que a empresa mudasse de ideia: a resposta das pessoas foi bastante positiva.

A Team Silent ganhou moral, e a Konami passou a ver que Silent Hill tinha bastante potencial para se tornar um sucesso absurdo, começando a tratar o projeto de forma diferente e até mesmo direcionando mais recursos para o desenvolvimento do jogo.

 

 

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Letícia Höfke
Letícia Höfke

Sou jornalista, escritora e completamente apaixonada por tudo que envolve o universo geek. Twitter e Instagram: @leticiahofke