A Voidpoint, desenvolvedora de Ion Fury, conversou com a Eurogamer pedindo desculpas às mulheres e a comunidade LGBTQ devido a comportamento homofóbico, transfóbico e sexista de seus funcionários, tanto no Discord, quanto no próprio game citado.
Toda a controvérsia se originou no Discord, quando um dos desenvolvedores escreveu:
“Mutilar um corpo perfeitamente saudável enquanto você tem depressão e outros problemas pode levar ao suicídio”.
Já um outro desenvolvedor disse:
“Algo que não entendo sobre a justiça social é quando eles têm coisas como ‘passeata das vadias’, o que eu pensava ser sobre o direito de não ser abusada pela maneira que se veste, mas quando você retrata mulheres vestidas desta forma, você é criticado por isso”
Aumentando mais ainda a polêmica, foi descoberta linguagem homofóbica dentro do próprio jogo, sendo acessível apenas via cheats.
Até então, a Voidpoint tinha comunicado que as falas tinham sido tiradas de contexto, mas foi descoberto termos considerados homofóbicos como “fagbag” (o equivalente a “viadinho”), como na foto abaixo, assim como um “Ogay”, sendo um trocadilho com a palavra “okay”, também de cunho pejorativo.


Segundo a Eurogamer, a Voidpoint passará a fazer um treinamento a todos os seus empregados e contratados, assim como dará US$ 10.000 para a ONG The Trevor Project, que foca em proteger a vida da comunidade LGBTQ.
“Os membros da Voidpoint fizeram comentários sexistas e transfóbicos, incluindo linguagem homofóbica dentro do Ion Fury” – diz o comunicado.
“Reconhecemos que as declarações são insensíveis, inaceitáveis e contraprodutivas nas causas de direitos iguais. Sem equívocos, pedimos desculpas tanto pelos comentários (dos funcionários) quanto a linguagem (do game) assim como qualquer dano que causamos a nossa comunidade gamer, em especial as mulheres e membros da comunidade LGBTQ. Temos total responsabilidade por qualquer dano que foi feito nas relações que trabalhamos tão duro pra construir”



