Games sobre saúde mental e suícidio

Games sobre saúde mental e suícidio

Desde 2014,  setembro é chamado de Setembro Amarelo. Isso significa que o mês é inteiramente dedicado a ações e campanhas que visam prevenir o suicídio. Os temas relacionados a saúde mental ainda são vistos como tabu, por isso a importância de falar sobre eles para que cada vez mais pessoas possam ser ajudadas. Existem inúmeros games que trazem como temática a depressão, o bullying, transtornos psicológicos, luto e nos fazem refletir sobre a importância do acolhimento. Confira, abaixo, uma lista com alguns deles.

Antes de começarmos: se você está passando por alguma dificuldade, converse com alguém – de preferência um profissional na área – ou ligue para o CVV. O número é 188, e a ligação é gratuita. O serviço funciona 24 horas.

Night in the Woods

Em Night in the Woods, o protagonista Mae Borowski, para decidir o que fazer da vida, está voltando para casa após largar a faculdade e inicia uma jornada de descoberta em relação aos outros habitantes da cidade; quase todos os personagens que interagem com Borowski tem algum tipo de transtorno.

Hellblade: Senua's Sacrifice

Em Hellblade: O sacrifício de Senua, o jogador assume o papel de uma jovem celta que precisa invadir Hel, o mundo dos mortos da mitologia nórdica, para resgatar a alma de seu grande amor, morto em sacrifício aos deuses por invasores vikings. A guerreira, porém, sofre com doenças mentais e tem episódios de psicose, o que faz com que ela fique confusa em relação ao que é real ou não durante o game. 

O jogo foi muito elogiado pelos jogadores por causa de sua história densa, seus gráfico elevados e pela imersão causada pelos efeitos sonoros.

Depression Quest

Desenvolvido pelo estúdio Quinnspiracy, Depression Quest, como o próprio nome já sugere, aborda depressão e serve para ajudar quem não sofre com a doença a ter mais proximidade com o assunto.  O game é gratuito, mas não tem uma versão em português.

GRIS

GRIS é uma fábula de superação da depressão, e o jogador assume o papel de uma garota que, de repente, está sem voz e sem cores. Ela inicia uma jornada para retomar o colorido de sua vida.

Life is Strange

A franquia de jogos  começou sete anos atrás, com Max Caulfield, uma estudante de fotografia que descobre que pode voltar no tempo, tomando decisões diferentes capazes de alterar o rumo da história. Como base, o jogo se utiliza do Efeito Borboleta, base da Teoria do Caos.

O Efeito Borboleta analisa como pequenas alterações nas condições iniciais de um evento podem gerar transformações drásticas e significativas neles, com grandes consequências para nós mesmos e para sistemas que nos rodeiam. Essas situações acontecem o tempo todo, com todo mundo. Sempre estamos fazendo escolhas e tendo ações que impactam no nosso futuro e geram consequências inimagináveis. É como diz a frase: “O simples bater de asas de uma borboleta no Brasil pode ocasionar um tornado no Texas”.

Em Life is Strange, para nos lembrar que nossas ações tem consequência no futuro, uma uma borboleta azul aparece frequentemente como um aviso.

Utilizando seus poderes, Max acaba prevendo a chegada de uma grande tempestade que pode destruir Arcadia Bay e assim, assume a responsabilidade de impedir a destruição da cidade.  O jogador precisa tomar decisões que se ajustam a narrativa enquanto ela se desenrola, com histórias secundárias que abordam temas importantes;  entre eles, a depressão e o suicídio.

ALERTA DE SPOILER: Em um determinado episódio do jogo, por exemplo, Max precisa impedir Kate, uma outra estudante que sofre  cyberbullying, de se jogar do prédio. Escolher as opções de diálogo certas para salvar a outra garota é essencial, pois, caso contrário, ela vai pular.

Essas temáticas sérias se estendem por todos os jogos da franquia, não sendo algo restrito ao primeiro. Certamente, os games dessa série nos fazem ficar bastante reflexivos.

Celeste

Contra tudo e todos, a protagonista Madeline resolve subir a montanha Celeste em busca de um propósito, mesmo enfrentando palavras desencorajadoras e ataques de pânico.

 

Letícia Höfke
Letícia Höfke

Sou jornalista, escritora e completamente apaixonada por tudo que envolve o universo geek. Twitter e Instagram: @leticiahofke