Gaules, mch e Apoka fazem críticas ao cenário brasileiro de CS:GO

Gaules, mch e Apoka fazem críticas ao cenário brasileiro de CS:GO

No último sábado (2), o trio de streamers do site Omelete, Gaules, mch e Apoka, motivados pelos resultados ruins das equipes nacionais no ELS Challenger Valencia 2022 de Counter-Strike: Global Offensive (CS:GO), debateram sobre o cenário brasileiro de CS:GO. O que aconteceu é que, o que começou como um sonho, já que metade dos participantes do campeonato era do Brasil, acabou virando um pesadelo, pois o nosso país preencheu todas as últimas colocações do torneio, ficando fora dos playoffs. FURIA e Hummer, por exemplo, ficaram em último lugar dos Gruppos A e B. OoNation e MIBR ocuparam as penúltimas colocações.

 

Segundo os streamers, foi a pior exibição brasileira da história da franquia Counter-Strike e o campeonato é certamente, algo a ser esquecido.

“Tudo tem limite e isso aqui foi o maior vexame da história do CS brasileiro, de todas as versões!”, disse mch. “Eu estou verdadeiramente chateado com essa parada toda. Chateado real. Não é um time, são quatro times. Jogamos um campeonato Tier 2, 3 e tivemos quatro times brasileiros nas quatro últimas colocações. Isso aqui é o fundo do poço do CS BR”.

Eu não me recordo de nenhum rolê, em todas as versões, da gente ter tantos times jogando um campeonato e todos esses times não conseguirem performar, só jogando entre eles. Acho que foi a maior dureza que já aconteceu“, disse Gaules.”A parte dura e que não dá para passar pano é que nosso melhor time fez parte disso. Se acontece um campeonato desse e a nossa equipe mais bem ranqueada não faz parte disso, a gente mantém a calma porque ainda teríamos a FURIA que tem nos representado com uma qualidade legal. Agora ter a FURIA fazendo parte disso, acende um sinal amarelo. Não acho que é um sinal vermelho, mas é o momento de repensar várias coisas“.

Segundo Gaules, as equipes brasileiras estão com foco errado e falta originalidade e coragem nos times para tentar coisas novas.

O CS brasileiro sempre foi conhecimento mundialmente por trazer inovações, mas atualmente não estamos conseguindo trazer isso. Nós estamos muito mais reativos, de tentar ser o que os outros estão sendo e paramos de querer ser referência. Quando você para de querer ser referência, para correr atrás, você acaba demorando mais para chegar. Falta personalidade de olhar para a situação e falar: ‘Quer saber, nós vamos chegar. Faremos um projeto e chegaremos'. Acho que a própria FURIA sempre teve um caminho desses, de ser referência, trazer coisas novas, então talvez acertando uma coisinha aqui e outra ali, isso pode voltar“, disse ele.

mch comentou sobre os debates no cenário brasileiro de CS:GO que afirma que os jogadores não se importam em vencer:

Eu não acho que ninguém está zoando ou jogando de sacanagem. O que mais me deixa triste, é que a galera está tentando“, afirmou. “Assim, uma coisa é estar tentando de verdade e outra é estar dando seu 100%. São coisas diferentes. Mas que todos tentam de verdade, eu não tenho dúvidas. Não tem uma desculpa para dar, não consigo enxergar este mundo, e eu até queria ter uma desculpa, mas não tem nenhuma“, disse ele.

Para Gaules o cenário brasileiro de CS:GO precisa de um melhor planejamento por parte das organizações.

“Esse assunto todo remete até aquela coisa do Guardiola, que estávamos falando. Será que não é a hora de trazer alguém de fora, que possa dar uma visão para gente? E não precisa ser só um técnico, um analista, é no geral mesmo. É tentar mudar alguma coisa e quem sabe até trocar a gaming house do NA para a Dinamarca”, afirmou. “Nós ainda temos um romantismo de acreditar e colocar todas as nossas esperanças e expectativas, no desejo dos jogadores de serem campeões. O que até faz sentido pra gente… Mas acho que ainda vai rolar uma mudança de pensamento e será muito bom, que será quando estivermos aqui pelo sonho e pela vontade da organização de ser campeã. Quando a vontade da organização de ser campeã, for maior ou igual a dos jogadores, eu acho que teremos um avanço. E eu não estou falando da vontade do dono do time, mas da organização. Quem ganha campeonato não é só o jogador, entendam isso. Quem ganha é o projeto… Esse é o futuro.

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Letícia Höfke
Letícia Höfke

Sou jornalista, escritora e completamente apaixonada por tudo que envolve o universo geek. Twitter e Instagram: @leticiahofke