God of War, lançado em 2018, foi um grande sucesso de vendas, além de agradar a maior parte dos fãs de longa data da série. O título foi o principal responsável por colocar a franquia God of War de volta as prateleiras, deixando de lado a mitologia grega, que era o principal símbolo das aventuras do protagonista Kratos até então, e trabalhando com a mitologia nórdica. A aventura colocou o Fantasma de Esparta em midgard, o principal entre os 9 reinos das histórias desse novo panteão e deu a oportunidade dos jogadores conhecerem novos personagens tão cativantes quanto os nomes antigos, como Atreus, filho do personagem principal. O game foi vencedor do prêmio de Jogo do Ano, do The Game Awards de 2018, além de vários outras conquistas. No Metacritic, as avaliações também foram muito boas, com God of War ganhando uma nota média de 94 entre as avaliações da crítica especializada.
Entre as principais novidades de God of War, está a presença de diferentes inimigos. Como a mitologia inteira foi mudada, foi necessário criar diferentes adversários para atrapalharem a jornada de Kratos, se encaixando mais no contexto nórdico do que no grego, desde os inimigos comuns que aparecem durante o caminho da história, até os principais chefões, que, como esperado da saga, são alguns dos deuses mais poderosos do novo panteão. Outro fator muito diferente de títulos anteriores de God of War, é o mundo aberto que o game de 2018 ofereceu, com missões secundárias para serem realizadas no caminho até a conclusão da história principal ou depois. Entre algumas dessas tarefas paralelas requisitadas para fazer 100% do jogo, está a missão das Valquírias, uma das mais difíceis não apenas do lançamento de 2018, como de toda a séria. Para facilitar a vida dos jogadores, separamos algumas dicas importantes na hora de completar esse desafio.
Quem são as valquírias em God of War?
Quem gosta de mitologia nórdica, seja por filmes e séries ou até pelos estudos em si, deve conhecer bem as Valquírias. Elas são criaturas importantes que levam as almas dos guerreiros para Valhala, o paraíso nórdico, após sua morte em batalha. Na maior parte das vezes, elas são retratadas como mulheres de armadura que cavalgam cavalos alados e portando lanças, além de serem as principais guerreiras de Odin, o Pai de Todos os outros deuses do seu panteão. Em God of War, o conceito não é tão diferente, com as Valquírias tendo a mesma função e aparência muito semelhante ao que é descrito nos textos e poesias antigos. A grande diferença no contexto do jogo é que essas guerreiras estão aprisionadas em sua forma corpórea, não podendo sair do plano onde estão e tendo enlouquecido após tanto tempo em uma forma diferente da sua original e não podendo cumprir seu verdadeiro propósito.
Como era de se esperar, cabe a Kratos resolver esse problema. Vale ressaltar que nenhuma das Valquírias são inimigas obrigatórias para terminar o jogo, embora mostrem muito sobre a história de God of War em si. Como as guerreiras lendárias de Asgard estão aprisionadas em sua forma física e sem poder viajar entre os reinos, elas não recolhem o corpo dos mortos durante a batalha, o que está causando um desequilíbrio das diferentes terras que o protagonista e seu filho exploram pelo jogo. Além disso, enquanto o jogador realiza a missão, é possível ter sinais de personalidade de Odin, que embora só apareça na sequência, God of War Ragnarok, é uma figura muito falada durante os diálogos do título de 2018. Como foi o Pai de Todos que aprisionou as Valquírias, a trama pode ajudar a definir o que os jogadores irão enfrentar no futuro da saga nórdica.
Onde está cada Valquíria?
Cada Valquíria em God of War está localizada em um lugar diferente do mapa. Como o jogo permite que Kratos viaje entre os diferentes reinos da mitologia nórdica, cada um com suas próprias características que irão afetar não apenas no cenário mas, em alguns casos, até nas mecâncias de jogabilidade, algumas das guerreiras irão esperar pelo protagonista em alguns reinos além de Midgard, que representa a terra. Além disso, como cada uma das Valquírias tem habilidades diferentes e farão com que o jogador decore suas movimetações e golpes principais, existe uma ordem de quais são mais fáceis e quais são mais difíceis. Para que o jogador tenha uma experiência mais equilibrada na hora de fazer 100% do game, recomendamos que as mais fáceis sejam derrotadas primeiro, assim é mais simples de se adaptar ao seu estilo de combate. Separamos a ordem, da mais fácil, para mais difícil, e onde cada uma delas está localizada. Confira:
- Gunnr – Disponível em Corpo de Thamur
- Kara – Disponível em Vale do Rio
- Geirdiful – Disponível em Contrafortes
- Olrun – Disponível em Alfheim
- Eir -Disponível na Montanha
- Gondul – Disponível em Muspelheim
- Rota – Disponível em Helheim
- Hildr – Disponível no labirinto de Niflheim
Ainda assim, por mais que algumas das Valquírias tenham uma facilidade maior, nenhuma dessas batalhas pode ser considerada de fato simples. É muito comum que o jogador morra uma boa quantidade de vezes na hora de enfrentar essas guerreiras, por isso é importante não desanimar na hora que as enfrenta e continuar confiante, afinal de contas, a chave para mandar bem em God of War é se adaptar aos controles e mecânicas do jogo e entender os golpes dos adversários. Como a morte de Kratos se tornará comum a medida que o jogador enfrenta essas personagens, o ideal é que o jogador vá para as batalhas munido de uma boa quantidade de Pedras da Ressurreição. Esse item, que também continua presente na saga em Ragnarok, é um dos mais úteis do game, permitindo que o jogador volte a vida com uma quantidade um pouco menor do que o total da barra de saúde.
Também é importante entender que os ataques pesados sempre serão mais efetivos contra as Valquíria. Ainda que o jogador consiga se adaptar ao modo como sua oponente está lutando, prestando atenção em seus principais golpes e decorando seu padrão de movimentação, é muito difícil não levar um dano sequer dessas guerreiras. Portanto, quanto antes a batalha terminar, melhor. Para isso, é necessário atacar com tudo que Kratos tem em seu arsenal, e neste God of War, as runas, leves e pesadas, são o melhor caminho para dar mais dano nos adversários. Quanto menos o jogador deixar a guerreira agir durante o combate, melhor será para ele, pois ela não irá atacar. Vale ressaltar que esse ataque pesado pode ser feito desde o começo da interação, já que a Valquíria começa a luta parada no ar, permitindo que o protagonista dê o primeiro golpe, podendo ser uma runa, além dos ataques de Atreus.
Além disso, vale ressaltar que as condições de cada reino podem interferir não apenas no cenário da batalha, que já é um adicional para ser levado em consideração na hora que Kratos luta contra suas inimigas mais fortes do jogo, mas também nas próprias habilidades das Valquírias. A guerreira encontrada em Musphelheim, por exemplo, terá muito mais habilidades envolvendo fogo, aumentando a imersão no seu combate. Portanto, pode ser interessante que o jogador vá preparado para batalha pensando nisso e em como ele irá se defender melhor desses ataques. Hildr não é a Valquíria mais difícil do jogo por acaso, já que ela tem sua batalha em Nilfheim, um reino que, em God of War, é infestado por uma névoa venenosa e requer que o jogador faça o que precisar a tempo, antes que seja morto. Para que o tempo seja aumentado, é necessário abrir alguns baús disponíveis pelo cenário, que também estão presentes na arena da guerreira desse reino.
A Rainha das Valquírias
Depois de derrotar as 8 Valquírias presentes em God of War, o jogo oferece ao jogador um desafio ainda maior: derrotar sua Rainha. Sigrun é, provavelmente, a inimiga mais difícil de toda a saga nórdica e talvez até de toda a franquia, rendendo um bom desafio para os jogadores que quiserem completar 100% do game. Encontrada em Midgard, ela reúne as principais habilidades de todas as guerreiras anteriores, além de ter mais vida e ser ainda mais forte. Tanta dificuldade poderia tornar a missão de libertá-la e concluir de vez toda a trama das personagens poderia tornar esse um elemento até mesmo um pouco entediante do título, mas a sensação de dever cumprido após passar de uma adversária tão difícil torna a experiência de lutar conta ela ainda mais prazerosa, além de ser uma das melhores experiências que a Santa Môncia tem a oferecer em questão de jogabilidade e direção de arte.
As Valquírias voltam em God of War Ragnarok?
Já para aqueles que derrotaram, ou pretendem passar por todo esse desafio, em God of War, a pergunta que fica é se as Valquírias voltam na sequência do jogo, God of War Ragnarok, afinal de contas, muitas pontas soltas são deixadas no final do lançamento de 2018. A resposta, feliz para quem gostou da dificuldade a mais que as inimigas oferecem, e triste para quem não curtiu tanto soar a camisa para derrotá-las, é que sim, as Valquírias estão de volta em God of War Ragnarok, mas não da mesma maneira que no game anterior. Na continuação, as guerreiras lendárias que foram derrotadas por Kratos, Atreus e Mimir, aparecem para ajudar os protagonistas a lutar contra as forças de Odin, que finalmente dá as caras. Além disso, é revelado que o Pai de Todos, que as aprisionou anteriormente, está recrutando novas guerreiras para os cargos de Valquírias, o que coloca novas adversárias na jornada.
Ainda que hajam novas guerreiras, elas não se apresentam, em maioria, como uma missão secundária. Como Odin está colocando novas guerreiras para ocupar esses cargos, Kratos terá que lutar contra alguma delas para chegar até o chefe de Asgard e concluir a história. Durante a jornada, é necessário lutar contra duas Valquírias de uma vez, Hrist e Mist. As guerreiras aparecem em Muspelheim, o reino do fogo, e irão atacar o protagonista e seu filho de uma vez, fazendo com que ambos tenham que unir forças para derrotá-las. Ainda que essa possa parecer uma batalha quase impossível de ser vencida, levando em consideração o nível de dificuldade dessas inimigas no jogo anterior, mas em God of War Ragnarok elas não apresentam uma ameaça tão grande, mesmo lutando juntas. Ainda assim, o embate com elas pode oferecer desafio ao jogador, além de ser uma das melhores batalhas da saga nórdica.
Além disso, vale ressaltar que batalhas como as das Valquírias em God of War de 2018 não foram totalmente deixadas de fora da sequência. Se a batalha contra a Rainha das Valquírias no primeiro jogo foi difícil, o jogador deve se preparar para enfrentar uma nova rainha em Ragnarok. Como a primeira foi liberta, Odin a substituiu por Gná, uma guerreira que o serve por livre e espontânea vontade e dará muito trabalho a Kratos. Sua batalha só fica disponível após o fim do modo história, no reino de Helheim. Além dela, outros inimigos que se assemelham as Valquírias do primeiro game são os Berserkers. Esses adversários também são guerreiros lendários, mas que enfrentarão o protagonista em suas formas fantasmas, após seus túmulos serem encontrados. Assim como as inimigas aladas do God of Waar lançado de 2018, eles também tem um Rei, que será o mais difícil de derrotar.