Mitologia vem do grego mythos – que significa contar, dizer – e logos – que significa escrita, tratado e razão – e é o estudo das lendas e mitos com que os povos antigos reverenciavam os deuses e heróis. O famoso mitólogo Joseph Campbell define os mitos como uma “experiência de sentido”, que dão sabedoria e sentido à vida humana. Mitologia nórdica, grega, japonesa, egípica… Desde a antiguidade até os dias atuais, a mitologia sempre encantou os homens e mulheres com suas histórias fascinantes, apresentando-se como um prato cheio de inspiração para a criação de conteúdos artísticos. Os videogames não escapam dessa tendência. Por vezes, os estúdios de desenvolvimento buscam na mitologia, a base para suas criações.
Hoje, o foco é na Escandinávia: vou listar aqui seis jogos que se inspiraram na mitologia nórdica para construção de sua história. Por isso, pegue seu hidromel e se prepare para uma viagem pelo mundo viking.
God of War (2018)
Não tem como falar de mitologia e não citar God of War, né? Os desenvolvedores do jogo se apossaram bastante da mitologia grega ao longo da franquia. Contudo, passaram a abordar a mitologia nórdica em God of War (2018), quando, depois de God of War 3, a vingança de Kratos contra o Olimpo foi consolidada.
A franquia vai continuar na temática Escandinávia, porque, vem aí, esse ano, o lançamento de God of War Ragnarok. Na mitologia nórdica, Ragnarök representa uma série de eventos que conduziram ao fim do mundo. O diretor do game, Cory Barlog, no entanto, afirmou que o novo título será o último da série com o foco nos mitos escandinávos.
Assassin´s Creed: Valhalla
Em Assassin's Creed: Valhalla, o jogador controla Eivor, um (ou uma) viking que quer vingar o assassinato de sua família. Ele ou ela tem ainda a oportunidade de conhecer personagens famosos da mitologia nórdica e visitar vários lugares citados nas histórias.
Há ainda a expansão Dawn of Ragnarök, que traz ainda mais algumas horas de conteúdo. Nela, o jogador pode acompanhar Odin para resgatar Baldur das mãos de Surtur.
Valheim
Inspirado na mitologia nórdica, Valheim é um jogo de sobrevivência e mundo aberto em que o jogador assume o papel de um viking morto retirado do campo de batalha para sobreviver no pós-vida, onde tem que criar ferramentas, construir casas e lutar contra inimigos para sobreviver.
O jogo é um sucesso no aqui no Brasil, sabia? Nosso país é o terceiro mais engajado com o título no Instagram. Além disso, a nacionalidade brasileira é a quinta mais comum entre os seguidores no Facebook.
“Valheim tem recebido um grande apoio no Brasil. Nem é preciso dizer que a comunidade brasileira é importante para nós, e gostaríamos de agradecer a todos os nossos fãs brasileiros por jogar Valheim!”, declarou um porta-voz do estúdio em entrevista ao Canal Tech.
Uma curiosidade interessante é que Valheim teve seu desenvolvimento iniciado por apenas uma pessoa: o sueco Richard Svensson. Hoje CEO da Iron Gate, ele teve a ideia original do game em 2018 e e começou a trabalhar nele sozinho.
Jotun: Valhalla Edition
Em Jotun: Valhalla Edition, o jogador é Thore, uma guerreira viking que, após sofrer uma morte sem glória, precisa provar aos deuses que pode ir para Valhalla. O game tem um grande foco em exploração e em batalhas contra chefes. Ah, e ele foi todo desenhado a mão, o que o torna um jogo belíssimo. No quesito história, Jotun se assemelha a God of War, mas os combates poderiam ser uma versão 2D de Shadows of Colossus.
Ragnarok
Quem não conhece Ragnarok? É um clássico dos MMORPGs e um dos jogos de maior sucesso. Pelo nome, já dá para perceber que também é inspirado na mitologia nórdica. Como já expliquei lá na parte de God of War, Ragnarok equivalia ao fim do mundo para os vikings. No jogo, ainda podemos ver áreas como Niflheim (reino da névoa), Valhalla (uma espécie de paraíso) e Midgard (onde vivem os humanos).
Ragnarok foi o primeiro jogo coreano a ser exportado com sucesso para outros países e no Brasil, foi o primeiro MMORPG a ser traduzido para a língua portuguesa.
Hellblade: O sacrifício de Senua
Em Hellblade: O sacrifício de Senua, o jogador assume o papel de uma jovem celta que precisa invadir Hel, o mundo dos mortos da mitologia nórdica, para resgatar a alma de seu grande amor, morto em sacrifício aos deuses por invasores vikings. A guerreira, porém, sofre com doenças mentais e tem episódios de psicose, o que faz com que ela fique confusa em relação ao que é real ou não durante o game.
O jogo foi muito elogiado pelos jogadores por causa de sua história densa, seus gráfico elevados e pela imersão causada pelos efeitos sonoros.
Tribes of Midgard
Tribes of Midgard oferece uma experiência única! Uma tribo de jogadores deve se defender de invasores noturnos e gigantes enquanto se fortificam e completam quests. É um jogo focado em exploração, crafting e com uma pegada de tower defense. Além disso, o jogo recebe atualizações periódicas através de Sagas, com novos equipamentos, inimigos e chefes.
É um prato cheio para quem quer ter uma experiência viking com um grupo de amigos.
Confira aqui a lista de melhores vilões dos games.