Resident Evil é uma das maiores franquias da história dos videogames. A série desenvolvida pela Capcom e que teve seu primeiro jogo lançado em 1996 revolucionou o mercado. O título, que deixou o jogador escolher entre Chris Redfield e Jill Valentine para viver a aventura apresentou diversas mecânicas e, principalmente, popularizou o gênero do survival horror, em que o jogador precisa sobreviver em determinadas situações, utilizando poucos recursos ao longo de sua jornada .
Desta forma, não demorou para que o primeiro Resident Evil lançado fosse um sucesso e a série começasse a ganhar diversos lançamentos ao longo dos anos, com mais de 10 títulos entre jogos da linha principal e spin-offs, além de remakes dos jogos clássicos da franquia . O último jogo, Resident Evil 4 Remake, também foi um sucesso, tanto comercialmente quanto de críticas, recebendo uma nota média 93 entre as avaliações dos jornalistas especializados no Metacritic .
Tanta presença no mundo dos jogos não poderia deixar equipamentos apenas em uma comunidade, sem furar esta bolha e de novos horizontes, em outras mídias. Com um universo cheio de histórias e principalmente, personagens interessantes, desde os protagonistas, até os principais vilões responsáveis pela criação de armas biológicas. Desta forma, não demorou para que o mercado cinematográfico voltasse suas atenções para Resident Evil.
Como era de se esperar, Resident Evil ganhou suas adaptações em live action, trazendo alguns dos principais elementos que fizeram a série ser um sucesso no mundo dos games, para as telas de cinema. Após mais de 20 anos desde a primeira adaptação para o cinema, a franquia já ganhou diversos filmes e até mesmo um remake, com diversos atores interpretando os personagens favoritos dos fãs. Relembre a trajetória dos filmes live action da saga.
Confira quais os filmes live actions de Resident Evil:
Resident Evil: O Hóspede Maldito
O primeiro filme live action de Resident Evil chegou aos cinemas em 2002, 6 anos após o lançamento do primeiro jogo da série. O filme foi dirigido e escrito por Thomas WS Anderson, que por sua vez é um nome recorrente nas adaptações da saga para as telonas. Já a protagonista é Milla Jovovich, um dos principais nomes de filmes de ação da década de 90 e do começo dos anos 2000, que interpreta Alice, uma personagem criada exclusivamente para produção.
A história do primeiro filme difere consideravelmente da narrativa contada nos jogos, ainda que muitos elementos permaneçam iguais. A principal mudança é, como já mencionado, o protagonista ser um personagem que não está presente nos jogos, o que desagradou boa parte da fanbase. Ainda assim, muito da estética da saga e a própria temática de survival horror, com armas biológicas da Umbrella como principais obstáculos, são fatores que se assemelham aos títulos originais.
Já a recepção do filme por parte da crítica não foi tão boa. O longo tem uma nota de 35% no Rotten Tomatoes entre as avaliações de jornalistas especializados. Por outro lado, a nota do público para o filme não é tão ruim, ainda que também não seja excelente, com o projeto conquistando 67% no mesmo site. Os resultados financeiros foram considerados bons por parte do estúdio. Com um orçamento de 33 milhões de dólares, o live action arrecadou 103 milhões de bilheteria.
Resident Evil 2: Apocalipse
Com o sucesso financeiro do primeiro filme e a franquia de jogos crescendo cada vez mais em outras mídias e ganhando novos lançamentos para os consoles da época, uma continuação do live action se tornou progressiva. Para o novo projeto, o nome escolhido para direção foi de Alexander Witt, embora Paul WS Anderson, do primeiro longa, continua no roteiro. Resident Evil: Apocalipse chegou às telas de cinema, nos EUA e no Brasil, em 2004, dois anos após o primeiro.
O filme também conta com a volta de Milla Jovovich no papel de Alice, que se mantém como protagonista. O segundo filme da franquia continua sendo um pouco fiel aos jogos da saga, embora a inspiração no terceiro jogo da série seja clara, com personagens dos jogos, como a amada Jill Valentine, interpretada por Sienna Guillory, finalmente dando as caras. Outro destaque da longa é a presença do Nemesis, um dos maiores vilões dos videogames.
Vale mencionar que, continuando os eventos do primeiro longa, o segundo filme dá um ar de grandiosidade maior aos eventos, voltando a colocar a Umbrella como vilã, mas aumentando suas ações e consequências. Ainda assim, isso não foi o suficiente para agradar a crítica, e o filme recebeu uma nota ainda menor no Rotten Tomatoes: 19% por parte das avaliações da crítica especializada. Por outro lado, a opinião do público não foi tão desastrosa, rendendo uma média de 60% no mesmo site. Financeiramente, o projeto também rendeu bons resultados, custando 43 milhões de dólares e tendo uma bilheteria de 129 milhões.
Resident Evil 3: A Extinção
O terceiro filme de Resident Evil para os cinemas, lançado em 2007, continuou a franquia com Alice como protagonista. Ainda que muitos fãs já não tivessem mais tão satisfeitos com o projeto, principalmente pela constante falta de fidelidade de um longa para o outro, o sucesso financeiro apresentado, principalmente na relação entre custo de produção e bilheteria, fizeram com que Paul W. S. Anderson voltasse para o roteiro, com Russell Mulcahy na direção e a maior parte dos atores que participaram da série até então, também de volta ao set.
Com os personagens antigos de volta, mas sem seguir a história do game, Resident Evil 3: A Extinção coloca Alice e outros sobreviventes dos eventos que acontecem no segundo filme para sobreviver no deserto de Nevada enquanto tentam chegar no Alasca, enquanto a Umbrella, organização que continua como a vilã dos filmes, tenta eliminar cada um deles com armas biológicas. A história dessa vez dá ainda mais destaque para ação, e cada vez menos para o horror, ainda que o medo nunca tenha sido de fato um dos focos dos filmes.
Ainda que o filme tenha tido uma nota um pouco maior que a de Resident Evil 2 no Rotten Tomatoes, as avaliações ainda estão longe de serem boas, com o projeto rendendo uma nota de 24% entre as avaliações da crítica especializada. A opinião do público, por sua vez, é pior no terceiro filme do que foi em seu antecessor, rendendo uma nota de 58% no site agregador de críticas. A bilheteria do projeto teve uma média de bilheteria ligeiramente maior que dos outros longas lançados, custando cerca de 45 milhões de dólares e rendendo cerca de 147 milhões de dólares de retorno após ir para os cinemas.
Resident Evil 4: Recomeço
Com os bons resultados de bilheteria, a franquia continuou os mesmos rumos no cinema. Em 2010 foi lançado Resident Evil 4: Recomeço. O principal destaque na produção do longa é que Paul W. S. Anderson não voltou apenas para os roteiros, mas também para a direção do projeto, algo muito notável nas cenas de ação do filme. Os atores dos projetos anteriores também voltaram para contracenar juntos, com destaque para alguns novos nomes. Wentworth Miller chega para interpretar Chris Redfiled, um dos principais nomes dos games, e Shawn Roberts, que intrepreta Albert Wesker, um dos principais vilões da saga que finalmente dá as caras nas telonas.
O longa continua os acontecimentos dos filmes anteriores, mas com uma escala ainda maior dos acontecimentos, colocando a protagonista Alice para enfrentar uma infecção, causada pela Umbrella, que já atinge escala global. Durante a história, Chris Redfield é apresentado pela primeira vez, uma introdução que a maior parte dos fãs do game aguardavam desde o primeiro longa.
O filme manteve a média de críticas negativas, tendo recebido uma nota de 21% entre as avaliações da crítica especializada no Rotten Tomatoes. A opinião do público, que até então não era unânime, mas um pouco melhor que da crítica, também é bem abaixo em Resident Evil 4 que nos antecessores, recebendo uma nota de 48% no mesmo site. Por outro lado, a bilheteria da franquia nunca foi tão boa quanto no quarto longa, tendo custado cerca de 60 milhões de dólares, com um retorno de cerca de 300 milhões de dólares para o estúdio.