Soldados reais se esconderam em caixas de papelão para enganar robô
Soldados reais conseguiram usar uma tática de Metal Gear Solid para enganar um robô militar controlado por inteligência artificial. Na ocasião, eles se esconderam em caixas de papelão, no estilo do game, onde o protagonista, Solid Snake pode “se camuflar” em caixas de papelão para não chamar atenção de inimigos, o que é bem cômico.
O relato aparece em um livro chamado Four Battlegrounds: Power in the Age of Artificial Intelligence, que fala sobre o uso de IAs para fins militares. O acontecimento viralizou nas últimas semanas após um editor do jornal americano The Economist compartilhar trechos da obra no Twitter. Escrito por Paul Scharre, o livro só será lançado em fevereiro de 2023.
Podem ficar tranquilos: as IAs estão longe de dominar o mundo
A parte compartilhada pelo jornalista mostra que as IAs estão longe de dominar o mundo – um pesadelo de muitos -, contando sobre quando soldados tiveram que andar ao redor de um robô por dias para que os engenheiros pudessem usar os dados coletados para melhorar um sistema de identificação de alvos.
Em determinado momento, um dos responsáveis resolveu aplicar uma prova: os soldados deveriam se aproximar do robô sem serem detectados. Dois dos soldados usaram saltos mortais na direção da máquina, encurtando a distância sem detecção. Outro usou galhos para fingir ser uma árvore e se aproximar devagar. Já outros dois tiveram uma ideia peculiar e, como em Metal Gear Solid, esconderam-se em caixas de papelão, rastejando até o robô. “Dava para ouvi-los rindo o tempo todo”, conta uma testemunha citada, no livro, como Phil.
No fim, todos os oito soldados presentes conseguiram passar pelo robô.
A inteligência artificial do robô é programada para reconhecer qualquer alvo andando ou correndo. Dessa forma, mesmo com um movimento brusco, os soldados que fizeram aquele salto conseguiram burlar a detecção.
Cultura POP e IAs dominando o mundo
É comum, na Cultura POP, histórias sobre robôs dominando o mundo e destruindo/escravizando a humanidade. Em Matrix (1999), por exemplo, onde o mundo como conhecemos hoje é apenas uma simulação de computador, criada por máquinas inteligentes que se rebeleram contra os humanos e os mantem inertes para usar seus corpos como bateria.
Outro exemplo é o filme O Exterminador do Futuro. Na história, os exterminadores são maquinas enviadas para o passado por um computador que desenvolveu tanto sua inteligência artificial a ponto de se tornar independente, sendo capaz de pensar, analisar e tomar decisões por conta própria. Uma dessas decisões foi extinguir a humanidade. Aí, ele envia um exterminador ao passado para fazer com que o líder da rebelião no futuro contra as maquinas nunca exista.
Para quem tem pesadelos com robôs de IAs dominando o mundo, esse caso dos soldados certamente é um alívio, pois mostra que elas não estão desenvolvidas o suficiente para acabar com a humanidade, sendo enganadas por caixas de papelão.