10 curiosidades sobre Doom

10 curiosidades sobre Doom

Mesmo não sendo o primeiro, o lançamento de Doom em 1993 é considerado um marco na história dos jogos de tiro em primeiro pessoa. Vários pontos podem ser considerados, como o realismo gráfico, alto nível de violência, e a jogabilidade intuitiva e divertida. Pensando nisso, decidimos selecionar 10 curiosidades sobre Doom.

1 –  POPULARIZAÇÃO DO GÊNERO FPS

O primeiro Doom foi lançado em dezembro de 1993 para Windows e é considerado um dos jogos mais importantes para popularizar o gênero de “tiro em primeira pessoa”. Antes dele houve outros jogos como Wolfenstein 3D, também da iD Software, mas o estilo de jogabilidade rápida, mapas complexos a serem explorados, violência e sangue, e até mesmo o estilo gráfico que gerou o “boom” de FPS nos anos de 1990.

2 – EQUIPE DE DESENVOLVIMENTO PEQUENA

10 curiosidades sobre Doom

Curiosamente, a id Software que desenvolveu o Doom tinham poucas pessoas: John Carmack, John Romero, Adrian Carmack, Sandy Petersen, Shawn Green, Tom Hall e os compositores Robert Prince e Aubrey Hodges. Esses desenvolvedores criaram a engine conhecida como “iD Tech”, que facilitava a criação de visuais avançados para a época, especialmente o mapeamento de texturas, o que permitia a criação de ambientes detalhados em 3D.

3 – ORIGEM DO NOME

10 curiosidades sobre Doom

Inicialmente, o game se chamaria “Alien Bastards“, mas eventualmente a equipe resolveu mudar para “Doom” pela sonoridade e o seu significado, que significa “ruína” ou “condenação”, sendo uma alusão a uma cena do filme “A Cor do Dinheiro”, estrelado por Paul Newman e Tom Cruise em 1986. Eles chegaram a cogitar entrar em contato com os estúdios da Fox para licenciar a franquia Aliens, mas acabaram desistindo.

4 – OS MODS SE POPULARIZARAM AQUI TAMBÉM

Algo tão comum hoje em dia, o Doom também é considerado pioneiro em originar as modificações feita pelo público. Onde jogadores podiam criar seus próprios mapas, modificando o jogo e compartilhando suas criações, ajudando a estender a vida útil do jogo.

A ideia de facilitar a customização das fases veio de John Carmack, o programador líder, pois ele percebeu que os jogadores de Wolfenstein 3D queriam customizar suas próprias fases, mas para isso era necessário conhecimento em programação. Com Doom, eles decidiram que os dados do jogo seriam armazenados de modo separado em arquivos “WAD”, modificando o game sem dar problemas com a engine criada.

5 – A BÍBLIA DE DOOM

10 curiosidades sobre Doom

Criada por Tom Hall e seu time de desenvolvimento na id Software, a “Bíblia de Doom” é uma coleção de documentos internos que detalha a visão, design e processos criativos por trás do jogo. Contendo informações sobre os níveis do jogo, personagens, inimigos, armas. A ideia era enriquecer toda a mitologia da série.

6 – TINHA MAIS DOOMS DO QUE WINDOWS 95

Apesar de apenas um por cento dos usuários que fizeram o download da versão de teste terem adquirido o jogo completo, essa taxa foi suficiente para gerar uma receita diária de US$100.000, vendendo em um único dia o equivalente ao que Wolfenstein vendeu em um mês. Segundo Sandy Petersen, cerca de 200.000 cópias de Doom foram vendidas em seu primeiro ano. Em 1995, Wilbur estimou as vendas desse período em 140.000 unidades.

Até o término de 1995, a presença de Doom em computadores ao redor do mundo ultrapassava a do novo sistema operacional da Microsoft, o Windows 95. Conforme dados da PC Data, até abril de 1998, a edição de demonstração de Doom havia contribuído para a venda de 1,36 milhão de unidades e gerado uma receita de US$8,74 milhões nos Estados Unidos. Isso levou a PC Data a classificá-lo como o quarto jogo de computador mais vendido no país desde 1993.

O Ultimate Doom alcançou a marca de mais de 780.000 unidades vendidas até setembro de 1999, enquanto todas as edições combinadas do jogo totalizaram 3,5 milhões de cópias vendidas até o final de 1999.

Para além das vendas, estima-se que cerca de seis milhões de pessoas tenham experimentado a versão de teste até 2002. Outras fontes sugerem que entre 10 e 20 milhões de jogadores mergulharam na experiência de Doom nos primeiros 24 meses após o seu lançamento, ocorrido em 2000.

7 – IMPACTO NA INDÚSTRIA

10 curiosidades sobre Doom

Pelo pioneirismo, o Doom é chamado de “pai” do gênero e também “o mais influente FPS” da história. Desde o seu lançamento, há quase três décadas, Doom tem continuado a ocupar uma posição proeminente nas listas dos melhores jogos de vídeo já criados.

Em 1995, a revista Next Generation o declarou o “jogo para PC mais discutido de todos os tempos”. A versão para PC conquistou o terceiro lugar no ranking de melhores jogos de vídeo da Flux em 1995, enquanto em 1996 alcançou o quinto lugar no ranking geral e o terceiro lugar na categoria de inovação da Computer Gaming World. Já em 2000, Doom foi reconhecido como o segundo melhor jogo de todos os tempos pelo GameSpot.

No ano seguinte, ele foi eleito o jogo número um de todos os tempos em uma pesquisa realizada pelo GameSpy com mais de 100 desenvolvedores e jornalistas de jogos, além de ter sido classificado como o sexto melhor jogo pela Game Informer. Em 2009, a GameTrailers conferiu a ele o título de jogo de PC mais “revolucionário”, enquanto a Game Informer o posicionou novamente como o sexto melhor jogo do mesmo ano.

8 – CLONES E MAIS CLONES

10 curiosidades sobre Doom

Em 1998, a PC Gamer proclamou que provavelmente era “o jogo mais emulado de todos os tempos”. Esses títulos eram frequentemente identificados como “clones de Doom“, até que, após alguns anos, a nomenclatura de “jogo de tiro em primeira pessoa” ultrapassou esse rótulo e tornou-se o termo padrão para o gênero.

Os clones de Doom abraçaram uma gama de abordagens, desde homenagens fiéis até reinterpretações inovadoras da fórmula do gênero. A id Software licenciou o mecanismo de Doom para várias outras empresas, resultando na criação de diversos jogos. Segue a lista com alguns nomes famosos.

  • Heretic (1994),
  • Hexen: Beyond Heretic (1995)
  • Star Wars: Dark Forces da LucasArts (1995).
  • Strife: Quest for the Sigil (1996).
  • Chex Quest (1996)
  • PowerSlave (1996)
  • Duke Nukem 3D (1996)

9 – POLÊMICA E VIOLÊNCIA

10 curiosidades sobre Doom

Graças ao realismo gráfico e o alto nível de violência, o jogo rendeu muitas polêmicas e sua conversão para o 32X foi o primeiro a receber a classificação “+17”. A venda de Doom foi proibida na Alemanha, gerou controvérsias nos Estados Unidos e junto com outros títulos contemporâneos como Mortal Kombat acabou rendendo o sistema de classificação que existe até hoje.

Doom voltou a gerar controvérsia nos Estados Unidos quando foi revelado que Eric Harris e Dylan Klebold, responsáveis pelo massacre na Columbine High School em 20 de abril de 1999, já que ambos eram entusiastas do jogo. Nos planos do massacre, Harris anotou em seu diário que o ataque seria “como jogar Doom”.

David Grossman, crítico e fundador do Grupo de Pesquisa Killology, chegou a rotular o jogo como um “simulador de assassinatos em massa”. Apesar de Harris ter criado de fato diversos níveis personalizados em Doom, conhecidos posteriormente como “níveis Harris”, nenhum deles tinha a escola como cenário.

Hoje em dia há diversos estudos que refutam a ideia de que videogames causam violência.

10 – REFERÊNCIAS E MAIS REFERÊNCIAS

  • Motosserras e as armas super shotgun foram inspiradas no filme “Morte do Demônio”;
  • As músicas do primeiro jogo foram inspiradas em bandas como Pantera, AC/DC, Metallica e Alice in Chains;
  • A primeira versão do jogo tinha uma suástica para homenagear o Wolfenstein 3D, mas para evitar polêmicas, ela foi removida em outros relançamentos;
  • A fase E4M1: Hell Beneath tem uma parte escrita NIN, sendo uma referência a banda Nine Inch Nails.