No dia 31 de maio, o ex-jogador profissional de League of Legends e hoje streamer Alanderson “4Lan” teve sua condenação mantida em 2ª instância pela 4ª Câmara de Direito Criminal do TJ-SP. Ele foi acusado de importunação sexual; em uma festa ocorrida na casa de Felipe “brTT” e Giuliana “Caju”, em São Paulo, ele teria passado a mãos nas nádegas de Giovana Tezoni, namorada do streamer Rafael “Rakin”.
Confira o vídeo que Giovana postou poucos dias depois do caso acontecer:
Sobre isso tudo que tá acontecendo. pic.twitter.com/HzeqWtM0yW
— gi tezoni (@gitezoni) October 17, 2019
Em 1ª instância, ele foi condenado a 1 ano de prisão em regime aberto, substituída por prestação de serviços a comunidade. A defesa de 4Lan recorreu, e o caso chegou à 4ª Câmara de Direito Criminal do TJ-SP. Em julgamento, os desembargadores Fátima Vilas Boas Cruz, Euvaldo Chaib e Camilo Léllis votaram por manter sua condenação. Segundo Fátima Vilas Boas, o delito foi comprovado.
— Diante de todos os elementos obtidos no curso da instrução, verifica-se que a prova produzida sob o crivo do contraditório é segura no sentido de determinar a responsabilidade criminal do Apelante [4Lan], devendo ser mantida a r. sentença por seus próprios e jurídicos fundamentos — disse a desembargadora. — Repise-se que a vítima [Giovana] foi categórica ao narrar que estava em pé, assistindo ao jogo de baralho, quando Alanderson passou por trás dela e de Thaís [amiga], e lhe passou a mão nas nádegas, fazendo ainda o gesto de apertar seus glúteos em direção à cintura. Teve certeza de que o apelante [4Lan] foi o autor da ação, pois era o único que passava por trás delas naquele momento. Percebe-se, pois, que não bastasse o relato da vítima (que já era suficiente para ensejar a condenação do Apelante [4Lan] pela prática do crime de importunação sexual), os fatos descritos na exordial restaram cabalmente comprovados pelos demais elementos probatórios coligidos.
O ex-jogador de LoL e streamer nega as acusações, mas, mesmo assim, sua defesa não recorreu. e a sentença, que ordenou a prestação de serviços à comunidade como substituição à pena de 1 ano de prisão em regime aberto, tornou-se definitiva e deve ser cumprida, pois não há mais possibilidade de recurso.
Em nota enviada para o Globo Esporte, o advogado de 4Lan, Luiz Felipe Domingues Macedo Galvão Moura, declarou que a defesa não apresentou novos recursos porque neste caso, recorrer serviria apenas para atrasar a execução da sentença. O advogado afirmou ainda que os magistrados levaram apenas a palavra da vítima em consideração, porque, para ele, não houve provas que comprovassem o que aconteceu.
— Muito embora, no inquérito policial e em toda instrução processual, não se tenha obtido nenhuma prova do que realmente aconteceu no dia dos fatos, os magistrados levaram em consideração somente a palavra da vítima, que, em entendimentos recentes, tem maior força do que a palavra do suposto agressor, ainda que exista doutrina contrária a isso. Nenhuma das testemunhas arroladas, nem as de defesa tampouco as de acusação, viu o que aconteceu. Como se não bastasse, uma das testemunhas, que afirmou perante a autoridade policial também ter sido abusada, mudou totalmente a sua versão em juízo, negando o fato. Sobre a condenação, não vamos recorrer, pois seria meramente protelatório, mas, sobre a verdade, deverá pairar uma eterna dúvida — disse o advogado.
4Lan nega todas as acusações. Em depoimento, ele afirma que chegou perto da vítima e de uma outra mulher, mas que, em nenhum momento, esbarrou nelas. O ex-jogador e streamer fez uma publicação depois da condenação em 1ª instância, em fevereiro deste ano:
Não posso falar muito pois esta em segredo de justiça, oq posso dizer é que nao vou aceitar algo que eu nao fiz, vou morrer falando que eu nao fiz essa porra pq eu realmente NAO FIZ!
Eu nao vou desistir e irei recorrer até o ultimo recurso se necessario.— phorlis (@4LaNlol1) February 2, 2022