Curiosidades sobre God of War (2018)
Depois de eliminar os deuses gregos, estava na hora de Kratos ir atrás de Odin, Thor e outras figuras da mitologia nórdica. Em abril de 2016, antes do jogo de God of War ser anunciado oficialmente, o site Polygon vazou a arte conceitual do novo título. Ficou claro para os fãs, que agora, o protagonista estava no mundo nórdico.
O anúncio oficial do game foi feito na Electronic Entertainment Expo 2016 e comprovou a veracidade da arte vazada. Além disso, a gameplay também mostrou Kratos com barba e com um filho. O final da demo confirmou o que muitos já sabiam: God of War estava em desenvolvimento para PlayStation 4.
Lançado em 2018, God of War foi um sucesso e chegou a receber o prêmio de Jogo do Ano no The Game Awards. Mas, você sabia que a Sony precisou ser convencida a fazer outro jogo da franquia? Algumas pessoas dentro da empresa queriam que a série ficasse “dormindo” por causa da pouca recepção de Ascension, o game anterior.
Vamos conhecer curiosidades sobre God of War?
1 – Sony não pretendia fazer outro jogo de God of War
Ascension, jogo anterior a God of War, teve uma péssima recepção. Desse modo, a Sony estava desistindo de God of War para deixar a série “dormindo” e demorou a ser convencida para aprovar um novo jogo para a franquia.
2 – Um novo protagonista?
Acredite se quiser, mas, no inicio do desenvolvimento, alguns membros da equipe começaram a considerar fazer um protagonista diferente para God of War, afirmando que Kratos era “irritante” e que “a mitologia era mais importante para a franquia do que o protagonista”. Eles chegaram até a apresentar um substituto. Cory Barlog, o diretor, não gostou nada daquela ideia e conseguiu manter o personagem no jogo.
3 – O nascimento do filho de Barlog e seu impacto em God of War
No entanto, Kratos está mudado e tornou-se um personagem com mais nuances de forma que pudesse fazer a franquia evoluir no impacto emocional. Essa sua nova personalidade foi bastante influenciada pelo nascimento do filho de Barlog. Esse evento tremendamente transformado fez o diretor pensar sobre “as mudanças do ser-humano e como é difícil ser responsável por uma outra vida”, o que é refletido na construção de Kratos de God of War.
Além disso, para criar toda a relação de Kratos com Atreus, Barlog também se baseou em seu relacionamento com o próprio filho.
4 – Atreus quase foi cortado
No início do desenvolvimento, a Sony não queria que Atreus estivesse no jogo por causa dos desafios de produção e de despesas financeiras. Além disso, muitos alegaram que isso prejudicaria a qualidade e poderia tornar o game uma missão de escolta.
Segundo o diretor, Cory Barlog, o jogo poderia ter funcionado sem o personagem, mas acontece que ele tem um papel essencial no crescimento de Kratos e também, no entendimento do nórdico antigo. Além disso, a inserção de Atreus dava aos desenvolvedores, oportunidades significativas de gameplay e de contação de histórias, que poderiam não ser possíveis sem ele. Rafael Grassetti, diretor de arte de God of War, afirmou que o personagem foi trazido para a história para humanizar e mostrar um lado mais emocional de Kratos, além de tentar explicar o que está se passando na cabeça dele.
Diante da defesa feita em prol de Atrus, a Sony acabou dando carta branca para que o filho de Kratos estivesse presente.
Quando God of War foi anunciado na E3 de 2016, houve comparações com The Last of Us. Barlog não ficou chateado. Na verdade, ele gostou e afirmou que o game da Naughty Dog foi usado como exemplo para mostrar à equipe como trabalhar com um companheiro sem tornar o jogo uma missão de escolta – uma das preocupações da Sony.
Clique aqui para conferir mais curiosidades sobre Atreus.
5 – Por que Kratos chama Atreus de “garoto”?
Durante o jogo, Kratos chama Atreus de “garoto” durante a maior parte do tempo. Isso acontece porque o nome de Atreus demorou a ser decidido e para não atrasar o desenvolvimento do jogo, o diretor fez com que o ator de Kratos abordasse o filho como “garoto”.
6 – Plano Sequência
A ideia de fazer um plano-sequência – ou seja, uma história sem cortes e sem telas de carregamento – dividiu a equipe. Barlog queria muito trabalhar com essa técnica desde quando, em seu período fora do Santa Monica Studio, trabalhou em Tomb Raider. A Crystal Dynamics vetou sua ideia, mas, com God of War, ele estava disposto a levar o plano-sequência para frente.
Todavia, 45% da equipe não concordou com a decisão. Não só porque haveria um aumento do trabalho, mas porque também ninguém botava fé, já que era a primeira vez que uma técnica dessa seria utilizada em um jogo triple A. Barlog não tinha nenhum exemplo para mostrar se era ou não uma boa ideia.
No fim das contas, Barlog conseguiu convencer a equipe e a ideia foi para frente. Depois que o jogo ficou pronto e os outros desenvolvedores o jogaram, o diretor afirmou que eles passaram a aceitar melhor o plano-sequência e chegaram até a decidir que deveriam usar a técnica em outros games.
7 – Jogo foi obrigado a ter menos chefes
Sim, existem vários chefes – opcionais e regulares – em God of War, mas o game deveria ter tido bem mais, só que eles acabaram sendo barrados por causa do tempo longo de desenvolvimento. É porque uma única batalha contra um chefe demorava 18 meses de trabalho, com uma equipe de 30 desenvolvedores – um tempo grande ocupando um time de muita gente.
8 – God of War Ragnarok será o último a abordar mitologia nórdica
Uma notícia triste para quem esperava que God of War Ragnarök fosse o segundo de uma trilogia. Já foi confirmado que nesse game, enceram-se as aventuras nórdicas de Kratos. Em um evento realizado pela Sony, o pessoal do Santa Monica Studio deixou claro que ele seria o desfecho deste arco da série.
Em entrevista ao canal Kaptain Kuba, Cory Barlog afirmou que eles estão visando outra ambientação por causa do tempo estendido de produção de cada jogo. Levaria muitos anos para uma trilogia ser concluída.