Minecraft 2 será lançado? Confira rumores e curiosidades

Minecraft 2 será lançado? Confira rumores e curiosidades

Com o grande sucesso do jogo de construção no ano de 2009, volta e meia circulam rumores de que um Minecraft 2 estaria sendo desenvolvido. Afinal, o game de construção com blocos tem uma comunidade gigantesca e cerca de 140 milhões de jogadores em todo o mundo, e nada mais natural que desenvolver uma sequência.

A PC Games, por exemplo, apontou que em 2013 um desenvolvedor disse que um novo jogo estava em desenvolvimento e que levaria a simulação de blocos a “um novo patamar”, mas se tratava apenas de uma piada de primeiro de abril, o dia da mentira. Fora que o canal Start da UOL também aponta que há um Minecraft 2 na loja do iTunes nos Estados Unidos, mas se trata de um jogo pirata que não possui qualquer relação com o original.

Só que a verdade é que todas as informações que circulam não passam de puros rumores, e apesar de não ser impossível, muito dificilmente veremos um Minecraft 2. Pensando nisso, listamos algumas razões pela qual o jogo não deverá ganhar uma sequência “tão cedo”.

1 – Modelo de atualização contínua torna um Minecraft 2 desnecessário

A desenvolvedora Mojang atualiza constantemente o Minecraft, seja melhorando os visuais ou colocando novos recursos e mecânicas. Portanto, um game que continuamente é melhorado em seu jogo base torna um segundo game desnecessário, já que o próprio Minecraft que temos hoje é bem diferente de sua versão beta lançada em 2009 ou a definitiva em 2011.

Fora que o jogo tem um mundo gerado proceduralmente, que basicamente é um conjunto de algoritmos utilizados como uma ferramenta para criar grandes quantidades de conteúdo de tamanhos mínimos. Em outras palavras, no Minecraft o mapa é construído “infinitamente” e aleatoriamente com essa técnica, sendo o mesmo processo utilizado para jogos de corrida infinita, jogos Roguelike, entre outros.

2 – Jogo atemporal

O estilo gráfico adotado, com seu tipo de jogabilidade e universo sandbox que permite que os jogadores criem e explorem livremente, sem limites ou objetivos específicos, torna um segundo título desnecessário. Afinal, para que ter um Minecraft 2  se o próprio jogo original “não tem fim”?

É diferente de um Super Mario ou um Sonic que apresentam aventuras com começo, meio e fim, e nesse tipo de jogo faz sentido ter um novo título com novos desafios, cenários e uma história.

3 – Comunidade ativa

A comunidade de Minecraft é uma das mais engajadas em levar novas experiências, e por isso o game tem uma quantidade absurda de modificações feitas por fãs. Com tantos recursos adicionais disponíveis, acaba sendo desnecessário ter um Minecraft 2.

Há mods como o Optifine, que permitem a melhora significativa do desempenho do jogo, shaders e texturas em HD; Biomes O'Plenty, que como o nome sugere, adiciona novos biomas que expandem a diversidades deles;  Tinker's Construct, que melhora o sistema de ferramentas do jogo, permitindo que os próprios jogadores criem ferramentas personalizadas, entre diversos outros.

4 – Aclamado universalmente

Considerado um dos jogos mais influentes de todos os tempos, o game é utilizado não só para diversão, mas também em ambientes educacionais, computadores virtuais e dispositivos de hardware. Aparentemente, não há razões para criar um Minecraft 2 considerando que o jogo base já atende a todos os tipos de públicos.

5 – “Não há necessidade” diz a Microsoft sobre o Minecraft 2

Em diversas ocasiões, representantes da Microsoft, que é a atual dona da Mojang e, portanto, detentora dos direitos do Minecraft, diz que um segundo título é desnecessário. Segundo uma entrevista da chefe da Mojang, Helen Chiang, ao canal Business Insider, não há sentido em apostar numa sequência.

“Não queremos pedir aos jogadores de irem do Minecraft 1 para o 2. Queremos que eles só desfrutem de Minecraft. E há outras formas pelas quais podemos expandir que são mais significativas e autênticas no que queremos ser, ao invés de simplesmente lançar outra iteração do jeito que outras franquias fazem”, disse Chiang.

Nessa mesma matéria, o chefe criativo do estúdio, Jens Bergensten, endossou as palavras de Helen Chiang: “Eu realmente não acho que exista a necessidade para Minecraft 2. Você seria capaz de criar um Minecraft 2 dentro do Minecraft”.

Expandindo Minecraft de outras formas

Como Minecraft virou uma franquia bem sucedida, era óbvio que a marca seria explorada de outras maneiras, mas sempre em formato de spin-offs, o que significa que eles não possuem qualquer relação com o jogo principal. Até o fechamento desta matéria, os spin-offs de Minecraft incluem:

Minicraft

Este é um jogo com vista de cima criado e programado por Markus Persson, que é o criador do Minecraft, para uma competição de programação. Basicamente, o profissional teve 48 horas para desenvolver um game, então ele desenvolveu uma versão “mini” de Minecraft.

Aqui, os jogadores controlam um personagem que deve epxlorar um mundo em blocos e sobreviver ao enfrentar uma variedade de inimigos, como zumbis e esqueletos. Há mecânicas de crafting, permitindo aos jogadores criarem uma variedade de itens para ajudá-lo na jornada.

Curiosamente, ele tem um objetivo principal, que é derrotar o final dragon para “zerar o jogo”. Apesar de bastante simples, o game é elogiado pelos jogadores pelo gameplay envolvente.

Minecraft Story Mode

Desenvolvido pela Telltale Games, este é um game com foco na narrativa dividido em vários episódios dentro do universo de Minecraft. A história é protagonizada por Jesse,  um personagem que se envolve em uma jornada épica para salvar o mundo das garras do malvado Wither Storm, uma criatura maligna que ameaça destruir aquele mundo.

Ao longo do game, os jogadores terão de escolher entre diversas decisões morais que alteram o fluxo da história, afetando o relacionamento de Jesse com os amigos, e também o fim da jornada.

O game foi bem recebido pela boa história e por dar uma roupagem diferente ao Minecraft que todos estavam acostumados. Chegou a ganhar uma segunda temporada, mas sem a mesma popularidade da primeira.

Minecraft Earth

Similar ao Pokémon GO, o Minecraft Earth foi um jogo de realidade aumentada e geolocalização com o objetivo do jogador explorar o mundo ao seu redor, coletar recursos, construir estruturas e interagir com outras pessoas pelo celular para ver a criação dos outros como se estivesse no mundo real.

Ele apresentava uma variedade de recursos e mecânicas exclusivas, como desafios de construção, aventuras colaborativas e encontros com criaturas virtuais conhecidas como “mobs”. Os jogadores podiam trabalhar juntos para completar objetivos, desbloquear recompensas, entre outros.

No entanto, sua última atualização foi em janeiro de 2021 e em junho do mesmo ano ele acabou sendo desativado graças a pandemia da COVID-19.

Minecraft Dungeons

Este é um dungeon crawler em que os jogadores apontam e clicam para jogar com elementos de hack and slash. As dungeons são criadas aleatoriamente graças a tecnologia procedural, criando masmorras e florestas, enquanto os jogadores lutam contra monstros e completam missões.

Há uma variedade de personagens com diferentes habilidades e equipamentos, além de que, à medida que progridem, é possível desbloquear uma variedade de armas, armaduras e artefatos para fortalecer ainda mais seus personagens. Além disso, há uma jogabilidade cooperativa online e local.

Mesmo rendendo sucesso comercial, o game foi avaliado com notas mistas, sendo que o principal ponto de crítica foi a jogabilidade repetitiva e a história superficial, deixando a desejar.

Minecraft Legends

Fruto de uma parceria entre a Mojang Studios e a Blackbird Interactive, este é m game de ação e estratégia em tempo real lançado para diversos consoles e PC. O objetivo é defender o mundo da invasão de criaturas humanóides parecidas com porquinhos, enquanto o jogador deve fortalecer suas tropas cada vez mais. Também foi recebido de forma mista, em especial por conta da jogabilidade repetitiva.

Victor Miller
Victor Miller

Jornalista, Victor Miller ganhou popularidade na internet por ser o dono do Planeta Sonic, um dos maiores canais do YouTube no Brasil sobre o mascote da SEGA. Trabalha há mais de dez anos escrevendo sobre games para diversos canais importantes do país.