Resident Evil 5 remake: o que não pode faltar no game?

Resident Evil 5 remake: o que não pode faltar no game?

Resident Evil é uma das maiores franquias da história do mundo dos games. O primeiro jogo da saga, lançado em 1996, revolucionou o mercado, tornando o gênero dos survival horrors, em que o jogador precisa sobreviver em um cenário de tensão com recursos limitados, um verdadeiro sucesso. Com a popularidade dos jogos aumentando cada vez mais, foi inevitável que a franquia ganhasse diversos jogos ao longo dos anos, acumulando uma série de personagens marcantes e inimigos únicos.

Após anos desde o primeiro lançamento da série, a CAPCOM, desenvolvedora dos títulos de Resident Evil, começou uma nova estratégia para a franquia. Além das continuações da linha principal e spin-offs, começaram a ser lançados remakes de alguns dos principais games da saga. O último que chegou ao mercado foi Resident Evil 4 Remake, um verdadeiro sucesso, tanto de vendas, quanto de avaliações, recebendo uma nota 93 entre as avaliações da crítica especializada no Metacritic.

Ainda que o remake do 5° jogo da série não tenha sido confirmado pela empresa de forma oficial, algumas pistas apresentadas durante a campanha do último lançamento revelam que existe uma chance mais do que considerável de esse ser o próximo projeto a ser trabalhado pela desenvolvedora. Pensando nisso, separamos uma lista com o que não pode faltar caso o título venha a se tornar realidade.

 

O que não pode faltar em um possível Resident Evil 5 Remake?

 

Mais terror 

Resident Evil 5 Chris Redfield

Quem joga Resident Evil a mais tempo já deve estar familiarizado com esse tópico. Como mencionado, a série é praticamente um ponto de virada na história dos games para o crescimento do survival horror. Desta forma, a maior parte dos jogadores esperam que o terror seja um dos elementos mais presentes nos títulos da franquia, assim como aconteceu nos primeiros lançamentos em suas respectivas épocas. No entanto, ao longo dos anos, isso nem sempre aconteceu.

Usando os recursos disponíveis em suas épocas de lançamento, Resident Evil 1, 2 e 3, além de spin-offs, como Code: Veronica, foram games com foco na sobrevivência com poucos recursos e, principalmente, uma atmosfera que remetesse ao clima de tensão e terror proposto. No lançamento do quarto jogo da saga, um dos maiores sucessos de toda a franquia, a ação pareceu ter ganhado um pouco mais de destaque, mas com bons elementos de horror ainda presente.

No entanto, em Resident Evil 5, as coisas pareceram mudar definitivamente de caminho, colocando o game em uma pegada muito mais voltada para a ação do que para o horror em si. Ainda que o ápice desse problema tenha acontecido no 6° jogo da saga, o 5° lançamento já sofre para manter uma atmosfera assustadora. Boa parte disso se deve ao título ter tentado replicar qualidades do anterior, mas sem tanto sucesso em seus objetivos e levando ao público um material diferente do esperado.

Um remake de Resident Evil 5 é a oportunidade perfeita para CAPCOM consertar seu erro do passado e colocar o título em um trilho de onde ele nunca deveria ter saído. O próprio remake do 4° game já intensificou elementos de terror que estavam presentes no título original e, como o jogo protagonizado por Chris Redfield também tem diversos elementos com potencial, não deve ser uma tarefa difícil intensificar a tensão do jogo sem fazê-lo perder sua originalidade.

 

Ambientação melhor aproveitada 

Resident Evil 5 tem uma das ambientações mais marcantes da saga, mas isso não é necessariamente uma qualidade. A maior parte das pessoas sabem que o game tem seus eventos acontecendo na Africa, afinal de contas, assim como em no título anterior, em que Leon Kennedy vai para Espanha, Chris Redfield também vai para outra parte do mundo para concluir uma missão de importância global relacionada a armas biológicas. No entanto, isso realmente é aproveitado?

A realidade é que a maior parte dos jogadores se lembram que Resident Evil 5 se passa na Africa, não porque o cenário em si foi bem aproveitado, mas sim por conta da quantidade de vezes que isso é repetido ao longo do game e, principalmente, pela quantidade de estereótipos relacionados à região presentes no game. Basta lembrar que, ainda que o jogo mencione sua localização, é difícil apontar em qual local exato do enorme continente Chris Redfield está localizado.

No 5° game da saga, a CAPCOM tratou o continente africano não como um enorme pedaço de terra com diversas culturas, mas como um país só, cheio de elementos genéricos do imaginário popular e do senso comum, algo que dificilmente poderia ser replicado nos dias de hoje. Vale ressaltar que, até para época em que o jogo foi lançado, houveram problemas relacionados ao modo como a cultura do continente foi representada e aos estereótipos inseridos na trama.

Uma das principais mudanças esperadas para Resident Evil 5 Remake é em relação aos problemas na construção do local em que o game se passa, tornando a representação do continente africano mais respeitosa e menos ofensiva. Além disso, também é possível melhorar o tom de suspense e terror que os recursos da nova geração podem proporcionar, assim como o remake do 4° título da franquia fez.

 

Mais foco na Jill 

Resident Evil 5 Jill Valentine

Resident Evil 5 não tem a participação apenas de Chris Redfield entre os protagonistas do primeiro game da saga. O jogo também traz de volta uma das personagens mais conhecidas e amadas pelo público e pelos fãs da saga: Jill Valentine. Ainda que na campanha principal a mestre das fechaduras e ex-membro dos S.T.A.R.S. não seja uma personagem jogável como em outros games da saga em que ela também dá as caras, ela tem uma participação importante durante a história do título.

Durante a trama do game, é revelado que Chris está procurando por sua antiga parceira, que pode ter sido capturada. Ao longo da história, é revelado que as suspeitas do protagonista realmente estavam certas, e Jill Valentine não apenas foi capturada por Albert Wesker, vilão do jogo e praticamente o antagonista principal da série, como também está tendo sua mente controlada para agir a favor do terrorista.

Caso Resident Evil 5 Remake realmente seja lançado futuramente, a trama de Jill Valentine sendo sequestrada e forçada a trabalhar para um de seus maiores inimigos provavelmente será mantida. Desta forma, seria interessante que o game desse mais atenção para a jornada da personagem, e como o controle mental afetou seu desenvolvimento, principalmente levando em consideração que no game original, ainda que a ideia seja boa, não é tão bem desenvolvida quanto poderia.

 

Tornar Sheva uma personagem mais interessante 

Resident Evil Sheva

Uma das principais marcas de Resident Evil 5 é Sheva. A personagem é inserida logo no início da trama, como uma parceira que vai guiar Chris Redfield em sua missão para combater o bioterrorismo. Além disso, a personagem não foi apresentada no game por acaso, podendo ser controlada caso outro jogador queira participar da história. Desta forma, a introdução de Sheva torna o quinto game da série cooperativo, podendo ter a participação de outros amigos durante a jogatina.

Ainda que Sheva seja uma personagem com potencial e permita que o game se torne coorporativo, toda a narrativa do título deixa a impressão de que ela não foi tão bem aproveitada quanto poderia. Ainda que tenha bons momentos, a personagem nunca é carismática o suficiente para cativar o jogador e, em diversas partes do game, parecendo apenas um recurso de gameplay para que outro jogador possa entrar em cena, do que realmente uma personagem que faça diferença para história.

Um dos principais pontos que um possível Resident Evil 5 Remake poderia inserir para melhorar o conteúdo apresentado no título original, seria um maior desenvolvimento da personagem de Sheva. Vale ressaltar que é difícil dizer qual seria o rumo que a CAPCOM daria para a modalidade cooperativa do game, já que esse não é um recurso utilizado nos jogos atuais da franquia, ainda que fosse interessante que outro jogador pudesse participar da gameplay, assim como no game de 2009.

 

Novos inimigos 

Resident Evil 5 Wesker

Por último, mas não menos importante, novos inimigos são essenciais para um bom game de Resident Evil. O jogo original não carrega o peso de ter desafios ruins ao longo da sua trama, ainda que boa parte das criaturas apresentadas remetam às do título anterior, algo que é explicado pela própria história. Ainda assim, os inimigos do projeto também não são os mais marcantes de toda a franquia.

O game original apresenta bons inimigos, como a nova versão dos Lickers, monstros clássicos da franquia que merecem ter mais destaque caso um remake realmente seja produzido. Ainda assim, há diversos outros adversários em Resident Evil 5 que não tem destaque suficiente, ou poderiam ser melhorados. Um exemplo disso é o inimigo que conta com uma serra elétrica, tal qual o Dr. Salvador de RE4, mas nem de perto tem o mesmo impacto na trama, ou até mesmo algumas boss fights que não tem tanto impacto quanto podeiram.

Matheus Barbezani Parente
Matheus Barbezani Parente

Gosto de jogos de herói e também sou especializado em jogos da série FIFA, agora conhecida como EA Sports FC. Tenho muita satisfação em ajudar nossos leitores com dicas e truques, especialmente para que tenham muitas conquistas nos jogos que tanto curtimos.