O Sonic é um dos personagens mais conhecidos do mundo dos games. Tendo sido criado pela Sega em 1991, não demorou muito para que ele se tornasse o principal símbolo da empresa, rivalizando com outros grandes heróis da indústria de desenvolvedoras rivais, como Mario na Nintendo. Com tanto sucesso, o game logo se tornou uma franquia, com mais de 10 títulos e lançamentos até os dias atuais, sejam de novas aventuras do ouriço azul, além de ganhar espaço nas animações e após mais de 20 anos, um longa próprio nos cinemas. Sonic: o Filme, foi lançado em 2020 e conta com Ben Schwartz dando voz ao herói, além de Jim Carrey no papel do vilão principal, Doutor Eggman, e James Marsden como Tom Wachowski, um personagem criado especialmente para o projeto.
O filme recebeu uma nota média de 63% entre a opinião dos críticos no Rotten Tomatoes. Por outro lado, a nota do públcio foi consideravelmente maior, com 93% de aprovação, além da boa bilheteria, faturando mais de 300 milhões de dólares ao redor do mundo. Com tanto sucesso, não demorou para que o estúdio confirmasse uma continuação e, em 2022, Sonic 2 chegou aos cinemas. O segundo longa recebeu avaliações ainda melhores no Rotten Tomatoes, tanto da crítica, com 69% de aprovação, quanto do público, com 96%. A bilheteria do segundo longa também foi maior do que a do primeiro, com 405 milhões de dólares arrecadados ao redor do mundo. Com bons resultados, a Paramount já planejava uma nova sequência e foi questão de tempo para o anúncio vir oficialmente. Para os fãs que estão ansiosos para rever o herói nas telonas, separamos tudo que não pode faltar em Sonic 3.
Menos humanos
Um dos pontos que a maior parte dos fãs querem em Sonic 3 é menos participação do lado humano no filme. Com muitos fracassos quando o assunto é adaptar games para o cinema, ou até para as séries, a maior parte dos estúdios tentam fazer os filmes baseados nos jogos utilizando técnicas que facilitem o sucesso da produção com o grande público, não apenas os fãs de longa data da franquia. Desta forma, assim como alguns filmes que adaptam animações, o primeiro longa do Sonic optou por não dar espaço apenas ao seu protagonista e os coadjuvantes já connhecidos, como Tails ou Knuckles, mas colocar um núcleo de personagens humanos durante a história, que interagem com o personagem principal, feito por computação gráfica. Essa é uma estratégia feita para facilitar a narrativa e a aceitação da audiência à produção. Não por acaso, o protagonista humano de ambos os filmes é James Marsen, que já atuou interagindo com seres digitais em HOP – Rebelde sem Páscoa e Encantada.
Ainda que no primeiro filme o núcleo humano não tenha atrapalhado a história, principalmente pelas interações do personagem de James Marsen, Tom Wachowski, e Sonic, sejam boas e engraçadas em diversos momentos, no segundo filme isso começa a se tornar um problema. É quase um consenso entre a maior parte do público que a parte que os humanos interagem na sequência de 2022 é não apenas desinteressante, como também desnecessária, já que na maior parte das vezes o Sonic não consegue interagir com os personagens do primeiro filme da maneira carismática como isso havia sido feito anterirmente. Em Sonic 3, seria interessante se o estúdio diminuísse ou até mesmo removesse essas partes, como alguns rumores sugerem que pode vir a acontecer, principalmente por conta da greve dos atores de Hollywood – o que claro, não é o motivo pelo qual queremos essa medida, já que os atores das produções merecem receber seus salários de forma justa pelos trabalhos, além das próprias animações precisarem de atores para dublagem.
Mais dos outros mundos
Ainda no primeiro filme do Sonic somos apresentado ao mundo da onde o personagem principal veio, com criaturas semelhantes a ele, uma ambientação própria e até outros povos. No final do filme e em Sonic 2, descobrimos que o Doutor Eggman foi parar em outro mundo, diferente do que o protagonista veio e repleto de cogumelos. A própria trama do filme mostra que os anéis que o ouriço azul possuí são portais para ir para novas terras, completamente diferentes. O segundo longa explora um pouco mais do que esses diferentes locais podem oferecer, mostrando um pouco do vilão interpretado por Jim Carrey aonde ele foi parar e, posteriormente, voltando ao mundo do herói quando Knuckles e Tails são apresentados. Para um terceiro projeto, seria interessante que explorar a diversidade que esse universo tem a oferecer e colocar os personagens em novos ambientes, ao invés de novamente ficar centrado na Terra.
Um novo vilão
Nos dois primeiros filmes do Sonic, o vilão principal foi o Doutor Eggman. A escolha do personagem para ser o antagonista das aventuras não foi surpreendente, afinal, ele é arque-inimigo do personagem nos games e na franquia do cinema dificilmente seria diferente, além do fato dele ser interpretado por Jim Carrey, um dos atores mais consagrados de Hollywood. Vale ressaltar que no segundo filme, Eggman não é o único vilão, já que o protagonista também enfrenta Knuckles na maior parte da história e só vira seu aliado no final, após ambos entenderem que existia uma ameaça em comum para ser enfrentada, portanto, ele não é o principal antagonista da história. Após 2 longas acompanhando o cientista obcecado pelo ouriço azul, entendendo seu potencial de ameaça e explorando as caretas clássicas de Carrey, seria interessante que o filme trouxesse um novo vilão principal para próxima aventura do Sonic.
O segundo filme coloca uma pista de quem pode ser o próximo inimigo do Sonic na sequência. Nas cenas pós créditos é possível ver Shadow, o Ouriço, sendo aprisionado em segredo pelo governo dos Estados Unidos. Embora o personagem já tenha ganhado até mesmo um jogo próprio, é possível que, assim como Knuckles, ele comece sua aventura nos filmes como um inimigo do personagem principal, talvez até mesmo com Jim Carrey voltando para o longa, já que sua família tem relação com a criação de Shadow. Além disso, outro personagem que tem relação com a criação da versão “dark” do Sonic é Black Doom, um alienígena que deseja conquistar diversos planetas pelo universo, entre eles, a Terra, além de ter sido o principal vilão do jogo solo do ouriço anti-herói. Seria provável que ambos os personagens se tornem os antagonistas da próxima aventura da franquia nos cinemas.
Novos e antigos coadjuvantes
O primeiro filme do Sonic mostra pouco dos aliados do ouriço nos diversos games da franquia, focando mais no personagem principal e no humano Tom, criado especificamente para o filme. Já no segundo longa, a situação foi diferente, com outros personagens conhecidos pelos fãs ganhando espaços. Knucklus apareceu como um inimigo do ouriço durante o filme, mas ao longo da jornada se tornou um aliado do herói. Tails, um dos coadjuvantes mais queridos pelos jogadores, teve um papel de destaque na trama, sendo o principal parceiro do protagonista na história. É extremamente provável que ambos voltem para participar de Sonic 3, mas o ideal é que outros nomes conhecidos também apareçam, como Amy Rose, a ouriço rosa apaixonada pelo herói que carrega seu martelo gigante por todo lado e pode cativar o público tanto quanto os outros personagens no futuro da franquia.
