Imagem de PokeWorld

Na primeira audiência da disputa, a Pokémon Pty Ltd. afirmou que trabalhou em Scarlet e Violet e em outros jogos como Pokémon Home e Pokémon Sleep. Porém, a Pokémon Company refutou isso e apresentou documentos legais que comprovam que a empresa nunca foi sua contratada.

A audiência apontou ainda que o site da PokeWorld anuncia falsamente que ele corresponde a “um novo jogo ´trazido pela The Pokémon Company International e Kotiota´”.

“Entendo que a Kotiota Studios é uma entidade relacionada aos réus em seus empreendimentos comerciais, objeto deste processo”, diz a acusação. “Nesse site, há uma seção intitulada “ROADMAP 2022-2023”, que parece delinear um calendário para o lançamento de PokeWorld e de tokens não fungíveis (NFTs) relacionados aos personagens Pokémon”.
Imagem do anime de Pokemon mostra Pikachu e Grookey

A Pokémon Company International pediu à corte australiana para impedir a Pokémon Pty Ltd de usar suas propriedades intelectuais, para cancelar o lançamento de PokeWorld e a venda de NFTs usando as marcas registradas.

O advogado representante da Pokémon Company também afirmou que a “The Pokémon Company International, The Pokémon Company e Nintendo tomaram uma decisão deliberada de não lançar nenhum NFT de Pokémon”.

Cópia genérica é processada em US$ 72 milhões

Ano passado, a The Pokémon Company também entrou com um processo de US$ 72 milhões contra a Zhongnan Heavy Industries Co. depois da empresa ter produzido um jogo mobile Pocket Monster Reissue, que basicamente, plagia Pokémon e imita até mesmo as artes dos monstrinhos de bolso.

Ao todo, há a participação de cinco empresas não identificadas e todas as partes envolvidas terão que que não só pagar a multa, mas também emitir notas públicas de retratação, comprometendo-se a não produzir mais conteúdos que violem as propriedades intelectuais da Pokémon Company.

Maiores polêmicas do ano de 2022

Essa, inclusive, foi uma das maiores polêmicas de games do ano passado, junto com a compra da Activision Blizzard pela Microsoft. Em janeiro deste ano, a Microsoft chocou o mundo ao anunciar que iria adquirir a Activision Blizzard por um valor exorbitante.  A compra foi feita por US$ 68,7 bilhões (cerca de R$ 375 bilhões na cotação atual) e gerou debates, chegando a ser investigada por um órgão público regulamentador de contratos chamado Federal Trade Commission que buscou analisar se o contrato cumpria todas as exigências legais para esse tipo de negócio, além de observar se tudo estava nos conformes com as Leis de Concorrência vigentes no país para evitar a criação de um monopólio nesse nicho de mercado.

Há inúmeros rumores de que a Xbox está preparando vários jogos após concluir a compra da Activision Blizzard. Porém, mais informações devem ser reveladas conforme o tempo de finalização da aquisição, em junho de 2023, for se aproximando.

A compra da Activion Blizzard pela Microsoft é a mais cara da história dos games. O preço do negócio conseguiu ser 440% mais alto do que a aquisição da Zynga pela Take-Two Interactive por US$ 12,7 bilhões, a segunda mais cara.

Houve também a vez que o Twitter foi tomado por contas falsas mas verificadas de empresas de games.